Por Vander Cardoso
Temos acompanhado as notícias sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, causadas por tempestades violentas. Dessa tragédia é possível extrair algumas lições. Atenho-me, neste texto, a dois pontos; a importância do seguro na reposição dos prejuízos e a prática do mutualismo entre os Estados para suportar os problemas que surgem dessas ocorrências.
Quanto ao primeiro, vimos já que, além do próprio mutualismo, a incerteza e a previdência são características do seguro. A incerteza diz respeito à dúvida sobre a ocorrência do fenômeno. Todavia, tratando-se de um risco ordinário, é possível segurá-lo. A previdência é o movimento de defesa. Trata-se de, por cautela, buscar antecipadamente soluções para proteger o patrimônio.
Assim sendo, vendo as reportagens e constatando a grande quantidade de pessoas que sofrem com a perda de seus bens, há que reforçar a ideia de estabelecermos a cultura do seguro. Quero dizer que, cientes das possibilidades de ocorrências dessas tempestades, até porque têm se mostrado cada vez mais frequentes, e sabendo ser possível protegermos nosso patrimônio, há que prevenir. A isto se presta o seguro.
Ao contratarmos seguros em massa, colaboramos para redução dos seus preços e participamos da formação de uma reserva de dinheiro, que acaba retornando para o mercado, fortalecendo a economia. Considero tão importante esta ideia, que, assim como a educação financeira, deveria fazer parte dos currículos escolares.
Tempestades estão mais frequentes e falta organização
Sobre o segundo, se somos uma federação, precisamos viver como tal. Refiro-me ao papel do governo central em coordenar as relações entre os entes federativos. A vantagem de sermos um país enorme, dividido entre 26 estados e mais um distrito federal, deve ser aproveitada. Fôssemos bem administrados, todos os problemas causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul seriam mais facilmente resolvidos. A infraestrutura do Estado, afetada pelo temporal, poderia ser recuperada com a ajuda de todos. Essa conta é melhor suportada se dividida. Isso é mutualismo.

Dessa vez sofrem diretamente os gaúchos, mas já vimos noutros momentos baianos, cariocas e capixabas passando por situações semelhantes. Infelizmente, o que vemos é o uso do dinheiro público para comprar o apoio de deputados. Pior do que isso, é sabermos que esse apoio é voltado a projetos ruins, que pouco ou nada colaboram com nosso desenvolvimento. O mutualismo na federação significa a formação de reserva com participação de todos os estados para atender a esses casos.
Aprendamos, portanto, que, para melhor enfrentarmos os problemas do dia a dia, devemos agir cotidianamente nas coisas simples; ao escolhermos nossos representantes, deixemos de lado sua fama e busquemos eleger os mais preparados. Trabalho bem feito requer pessoas responsáveis, honestas e competentes. Palhaços são úteis noutras áreas.
No que nos cabe diretamente, convém avaliarmos a possibilidade de contratarmos seguros para os riscos que mais podem nos afetar. Nisso pode colaborar o mercado de seguros.
Faça sua parte. Vote certo. Contrate seguros. Converse com um corretor.
Foto principal: Concresul/Divulgação
Vander Cardoso


Formado em Administração pela UEL e em Economia e Contabilidade pela Unopar. Pós graduado em Marketing, tem MBA em Estratégia Empresarial pela USP. Atua no ramo de seguros desde 1990, tendo sido gerente comercial em várias seguradoras, nacionais e multinacionais. Atualmente é professor universitário e sócio-administrador da Max Line Corretora de Seguros. Fone (43) 3027-2707, cel (43) 999573708. Site: www.maxlineseguros.com.br. Instagram @maxlineseguros