Dia Nacional do Vinho merece uma comemoração. Com vinho nacional, claro!

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Por Edmilson Palermo Soares

O projeto de lei que institucionalizou o Dia Nacional do Vinho é de 2008, mas apenas em 2015 o senador Lasier Martins encaminhou o requerimento à publicação.

Em 2017, o projeto foi aprovado e desde então se é comemorada a data.

Em seu artigo primeiro fala que o “Dia Nacional do Vinho” passa ser comemorado no primeiro domingo do mês de junho.

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Neste ano será o dia 4 de junho, o próximo domingo.

A ideia de um Dia Nacional do Vinho surgiu a fim de reconhecer a produção no Sul do País, mas atualmente ela se estende para todos os estados brasileiros, pois hoje a produção nacional está em todos os lugares.

Quando começaram as grandes navegações por volta de 1500, uma das coisas que eram trazidas para as colônias eram mudas de uvas para a produção de vinho, pois o vinho era um importante negócio em todo o mundo.

Assim África da Sul, Austrália, México e Estados Unidos entram no mapa da Viticultura Mundial com as conhecidas uvas internacionais (uvas trazidas da Europa para estes lugares).

Aqui, no Brasil, foi Braz Cubas quem iniciou este processo plantando em São Vicente, e esta empreitada não foi bem-sucedida. Em 1552 ,resolveu levar os seus esforços para a região onde hoje é Taubaté e lá teve sucesso.

Espumantes nacionais como os melhores do mundo na atualidade – Foto: Freepik

As missões jesuítas em toda a América do Sul, já no idos de 1600, implantou videiras bem-sucedidas na Argentina, Uruguai e Brasil.

Em 1759, os padres jesuítas foram expulsos do Brasil por um ato baixado pelo Marques de Pombal, que então era o ‘primeiro-ministro’ do reino de Portugal. Pombal decretou o fim das Capitanias Hereditárias, fechou as escolas católicas que eram dirigidas pelos jesuítas, e combateu as Missões e Reduções Jesuíticas. No caso da produção vinícola, Pombal era um grande proprietário de áreas do Douro e tinha criado, em 1756, a Cia de Vinhos do Douro e Porto, sendo a primeira Denominação de Origem da História e criando para ele uma reserva de mercado.

A partir de 1875, com a chegada dos imigrantes italianos, que trouxeram consigo castas europeias, sobretudo da região do Veneto e a cultura e tradição de produção e consumo de vinhos. No entanto, as condições climáticas do Rio Grande do Sul não favoreciam o cultivo de cultivares europeias. A introdução da casta Isabel (Vitis labrusca), de origem americana, forneceu a base para o estabelecimento da vitivinicultura nos Estados do Rio Grande e de São Paulo com a produção de vinhos de Mesa.

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A partir de meados da década de 50, investimentos públicos e privados constituiriam–se nos embriões da vitivinicultura atualmente existente no Vale do Submédio São Francisco.

Os vinhos brasileiros têm melhorado significativamente em qualidade, graças a investimentos em pesquisa, tecnologia e inovação. Os produtores estão focados na produção de vinhos finos de alta qualidade, explorando variedades de uvas que se adaptam bem às condições locais.

Os produtos nacionais começam a ser reconhecidos mundialmente e, nas Feiras e concursos mundiais, ganham cada vez mais relevância e importância. Um exemplo disso é o reconhecimento dos espumantes nacionais como os melhores do mundo na atualidade, principalmente os das Uvas Chardonnay.

Quebre o seu preconceito e comece a incluir em seu gosto os nossos vinhos nacionais.

E aproveite esta data para brindar com um vinho brasileiro.

Saúde a todos.

Edmilson Palermo Soares

Enófilo, sócio proprietário da Confraria da Taverna, loja de vinhos e espumantes que traz novas experiências no mundo do vinho, estudioso e entusiasta, com conhecimento prático provando vinhos de mais de 20 países e diversas uvas desconhecidas do público em geral. Me siga nas redes sociais: no Instagram @contaverna, Facebook Confraria da Taverna e Linkedin

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