Por Edmilson Palermo Soares
Conforme prometido, vamos falar um pouco mais sobre os vinhos italianos. Aliás, eu sou um grande fã deles!
A Itália é o maior produtor mundial de vinhos do mundo, com uma produção equivalente a 12,1% do total, seguida pela China (10,7%) e Estados Unidos (9,4%). Para se ter uma ideia, o Brasil hoje ocupa a 14ª posição neste ranking.
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Em termos de consumo, a Itália fica em 3º lugar com 46 litros per capita/ano. O maior consumidor mundial de vinhos é Portugal (51,9 litros), seguido da França (46,9 litros). O Brasil neste ranking é patinho feio, com 2,4 litros per capita/ano.
Mas voltemos à Itália.
Regiões vinícolas
Existem na Itália em torno de 350 uvas viti viniferas autóctones (só existem lá) e estima-se que existam aproximadamente 2.000 diferentes castas de uvas sendo produzidas em seu território. É muita diversidade!
As classificações dos vinhos italianos levam em consideração as uvas nativas e suas regiões como já explicamos na coluna anterior.
São, no total, 20 regiões produtoras e, em cada uma delas, existem uvas que se destacam.

Vamos falar rapidamente sobre elas começando pelo norte da Itália.
- Vale de Aosta (Aosta): Picotendro (Nebbiolo), Petit Rouge, Pinot Noir, Moscato, Petite Arvine;
- Piemonte (Turim): Nebbiolo, Barbera, Dolcetto, Moscato, Arneis, Cortese;
- Lombardia (Milão): Nebbiolo, Chardonnay, Pinot Noir, Verdicchio, Pinot Bianco;
- Trentino-Alto Adige (Trento): Pinot Grigio, Chardonnay, Gewurztraminer, Pinot Noir, Schiava, Lagrein;
- Friul-Veneza Julia: Pinot Grigio, Sauvignon Blanc, Friulano, Chardonnay, Merlot;
- Vêneto (Veneza): Corvina, Rondinela, Molinara, Merlot, Glera (Prosecco), Garganega;
- Emilia-Romagna (Bolonha): Lambrusco, Sangiovese, Malvasia, Trebbiano;
- Liguria (Genova): Vermentino, Pigato, Rossese, Dolcetto, Sangiovese;
- Toscana (Florença): Sangiovese, Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Trebbiano, Vermentino;
- Elba (Portoferraio): Ansonica (Inzolia);
- Umbria (Perugia): Sangiovese, Sagrantino, Cabernet Sauvignon, Merlot, Grecetto, Trebbiano;
- Marche (Ancona): Verdicchio, Trebbiano, Bianchello, Pecorino, Lacrima;
- Abruzzo (Aquila): Montepulciano, Sangiovese, Trebbiano;
- Lácio (Roma): Malvasia, Sangiovese, Canaiolo, Merlot;
- Sardenha (Cagliari): Cannonau (Grenache), Carignan, Cabernet Sauvignon, Vermentino, Malvasia, Moscato;
- Molise (Campobasso): Montepulciano, Sangiovese, Aglianico, Pinot Grigio;
- Campania (Napoles): Aglianico, Fiano, Falanghina, Greco;
- Basilicata (Potenza): Aglianico, Syrah, Moscato;
- Puglia (Bari): Primitivo, Negroamaro, Malvasia Nera, Nero di Troia, Chardonnay;
- Calabria (Catanzaro): Greco, Gaglioppo, Magliocco;
- Sicilia (Palermo): Nero D´Avola, Cataratto, Grillo, Inzolia.
No total, existem 76 DOCG´S e 332 DOC´S nestas regiões, como já falamos, são os vinhos de melhor qualidade. Além dessas, existem 118 IGT´S, que são relativos aos vinhos com menores exigências pelo governo italiano.
Assunto para mais de metro, não?
Vale a pena falar um pouco de cada região. Mas isso vai ficar para uma próxima coluna.
Boa semana a todos.
Edmilson Palermo Soares


Enófilo, sócio proprietário da Confraria da Taverna, loja de vinhos e espumantes que traz novas experiências no mundo do vinho, estudioso e entusiasta, com conhecimento prático provando vinhos de mais de 20 países e diversas uvas desconhecidas do público em geral. Me siga nas redes sociais: no Instagram @contaverna, Facebook Confraria da Taverna e Linkedin
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