Por Ana Paula Barcellos
Tenho falado bastante nas últimas colunas sobre as tendências ou microtendências mais fortes nessa temporada e na próxima. Várias delas vêm revisitadas, como a Cowntrycore, a Grandpacore e a Cherry Girl. E, nesses últimos dias, garimpando em lojas por peças novas, percebi que o preço das que compõem o estilo dessas trends não anda exatamente acessível e as que estão mais em conta não têm uma modelagem tão boa ou são peças que só duram até a próxima estação, acabam rápido.
Pensando nisso, resolvi identificar aqui algumas dessas peças que são facilmente encontradas em brechós. Porque vocês sabem, se é possível encontrar uma peça boa em brechó, é pra lá que vou!
Tendências para garimpar
Cowboycore
Imaginem os saldos que estão rolando nos principais brechós de Londrina nesse pós-Exposição. Quantas botas, coletes e peças com estampa xadrez ou perfume country estão disponíveis com preços bem mais baixos que os da semana passada?
A hora de garimpar é agora. Até porque, numa loja como a Renner, qualquer peça estampada dessas não sai por menos de R$ 120. E aqui eu tô falando de umas pecinhas sonsas, capengas. Peguei apenas um vestido da promoção de verão e saí correndo sem olhar pra trás! Semana que vem vou garimpar na Maeve.
Outro brechó que tem boas peças xadrez e na vibe da tendência, de boas marcas e com bons preços, é o Repassa, aquele big brechó on-line. Mas esse é um que não dá pra indicar de olhos fechados não, qualquer hora vou fazer um guia pra comprar nele, tem que ir com malícia!
Estilo vovô
Essa é uma das microtendências com maior adesão, a Grandpacore. Eu mesma já estou vendo gente circulando com looks inspirados nela desde que a temperatura baixou. E uma grande vantagem desse friozinho recém-chegado é justamente encontrar os casacos, cardigãs e suétes de lã que conversam com a trend, inclusive os oversized, nos brechós. Os coletes (que também são uma micro trend em si), camisas de flanela e alfaiataria também.
Não compensa comprar em brechó: boinas e chapéus. Eu, particularmente, não compro nada que vai na cabeça em brechós, tem que ser uma peça muito especial mesmo pra valer a pena. De forma geral, essas compensa comprar novas e pra isso eu super indico a Rupa Bordados, na Rua Pio XII, 279. Tem coisas lindas e com um preço ótimo.
Cherry Girl
A minha trend queridinha, ainda bem, também tem algumas peças que são bem fáceis de encontrar em brechós. Destaque para vestidos meia malha, mescla, saias curtas com pregas ou peplum e calça montaria (quanto mais zíperes, argolas e outros detalhes metálicos, melhor). Mesmo peças com estampa de cerejinhas são boas de encontrar nessas lojas.
Com sorte, é possível também encontrar botas e sapatos alinhados com a tendência. Mas eu, particularmente, não compro mais essas peças em brechó. Só compensa se for perceptivelmente semi-nova ou estiver com algum tipo de etiqueta. Nada de comprar sapato que já foi muito usado e ficou com o formato do pé de outra pessoa ou ainda comprar um que está aparentemente ok, mas ficou tanto tempo guardado que na terceira vez que você usar vai ficar sem o solado.
Única exceção é a bota country, que costuma ser reforçada. Se for de couro legítimo e estiver realmente em boas condições, vale a pena.
Não compensa comprar em brechó
Peças para criar looks Total black, outra tendência fortíssima principalmente para o inverno. Não compro roupa preta em brechó porque tudo que é preto, se for muito usado, perde o viço. Claro, é diferente se for uma peça com etiqueta ou realmente semi-nova.
Peças pretas mais básicas compensa comprar novas mesmo, na própria Renner encontrei algumas, na Marisa, C&A e Hering outras. Só vale a pena se for uma peça especial, de boa marca, como um bom casaco, por exemplo. Mas aí costuma ser garimpo com sorte!
Foto principal: Pinterest
Ana Paula Barcellos
Viciada em botas, sacoleira e brecholenta, trabalha com criação de joias artesanais e pesquisa de tendências. Tem foto da Suzy Menkes na estante e escreve essa coluna usando pijama velho, deitada no sofá enquanto toma café com chocolate. Me siga no Instagram Me siga no Instagram @experienciasdecabide e @yopaulab
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