Por Marcelo Fabrão
Quem quer falar com todo mundo não fala pra ninguém!
Essa máxima é verdadeira, mas precisa ser melhor explicada. Todo político, em campanha ou em mandato, tem que ampliar “terreno” e conquistar mais adeptos a sua marca. Aliás, isso é regra e faz parte de qualquer planejamento estratégico de marketing. A questão é: vivemos em tempos de pluralidades, de diversificação, de diferenciações em diversos públicos e nichos, e não dá pra comunicar de um único jeito pra vários públicos diferentes.
Por isso precisamos falar sobre segmentação e Whatsapp.
Em poucas semanas, estaremos dando início a mais uma campanha eleitoral. A comunicação do candidato será perene, ao longo do dia todo. O candidato disputará a atenção do eleitor com vários concorrentes, falando de temas semelhantes, mas com visão e posicionamento, na maioria das vezes, diferente do seu oponente.
Já imaginou como ficará a cabeça do cidadão nesse período?
Se de um lado a tecnologia nos fez ficar mais próximo do nosso público, por outro, ela cooperou para o aumento significativo de concorrentes e, nesse emaranhado de “blá, blá, blá”, chamar a atenção das pessoas não é o único desafio que a sua marca vai enfrentar. É preciso dialogar com o eleitor e criar relacionamento com ele. Esse é o outro lado dessa moeda.
É preciso leva-los à uma plataforma onde ele conseguirá ouvi-lo e ser ouvido.
Mas em qual “ambiente” é bom pra isso?
Whatsapp!
Mas até chegar nesse ponto, você vai precisar organizar seu público. É aqui que entra a segmentação.
Afinal, o que segmentação de público?
A segmentação de público se trata do processo de dividir e organizar potenciais eleitores em grupos e segmentos baseados em determinadas características e aspectos em comum.
Isso se tornou fundamental na medida em que os eleitores se tornaram mais informados, conectados e exigentes em relação aos seus candidatos. O que eles esperam hoje é uma atenção personalizada, individualizada e diferenciada, que os valorizem de acordo com suas preferências.
Para o político é essencial entender como é o comportamento do seu público em seu ambiente e por meio de dados sociais, criar estratégias de relacionamento, engajamento e fidelização.
A segmentação de público é feita por meio de dois aspectos. O primeiro é o demográfico, que irá identificar dados mais básicos, como idade, localização, sexo, renda, educação, religião, estado civil e ocupação.
Já o segundo aspecto vai de encontro às características e necessidades do público, envolvendo dores, sonhos, desejos, problemas, dúvidas, entre outros.
Ter todos esses dados separados e organizados facilita na construção de táticas estratégicas para gerar um bom relacionamento político/eleitor.
Agora que sabemos o que é segmentação e qual a sua importância, vamos falar sobre whatsapp e onde ele entra nessa história toda.
Importância de segmentar seu público no WhatsApp
De acordo com números da Statista, 147 milhões de pessoas usam o WhatsApp no Brasil, o que corresponde a 99% dos brasileiros on-line, sendo o segundo maior mercado do aplicativo em todo o mundo, ficando atrás apenas da Índia.
Bom, já deu pra entender o quanto esse app é importante para sua marca não é mesmo?
O whatsapp é quase um app “híbrido”. Você se relaciona através dele, mas também se informa por meio dele. Outros recursos valiosíssimos para a estratégia de comunicação da campanha que esse aplicativo tem são: poder segmentar seu público, criar grupos de discussão e organizar, através desses recursos, toda a estratégia de mobilização da sua campanha.
O WhatsApp teve um papel importante nas eleições presidenciais de 2018 e segue firme como um dos “terrenos” mais explorados em campanhas desde então. Além disso, o aplicativo também tem sido usado para espalhar desinformação e notícias falsas durante campanhas eleitorais, o que tem gerado debates sobre a influência do WhatsApp no processo democrático.
Ou seja, muita calma nessa hora!
Mesmo que o aplicativo seja muito usado na sua campanha eleitoral ele precisa ser BEM usado.
Whasapp faz parte da rotina pessoal das pessoas. Não ouse ser intrometido, deselegante, tagarela ou abusivo nesse app. Use-o dentro das regras democráticas, respeitando as leis LGPD e, principalmente, sendo e comunicando o que o seu eleitor quer.
Sobre mim
Meu nome é Marcelo Fabrão. Sou marqueteiro político há 16 anos. Casado, pai de dois meninos lindos, Filipe Lucas e David Luiz. Amo filmes, séries, rock, fotografias, bateria e Muay Thai. Em 2020, no meio daquela pandemia infernal, percebi a importância do branding na estratégia de comunicação eleitoral e me tornei um estrategista de marcas com o propósito de ajudar políticos a se transformarem em marcas sinceras e atuais. Além de consultor de Marketing Político e Branding, sou diretor de um Instituto de pesquisa e da agência Fabbron. Me siga no Instagram @marcelorfabrao e no Linkedin
Leia mais coluna sobre Marketing Político
(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.