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Santa Casa fecha PS por 12 horas por causa de superlotação

Hospital não estará atendendo novos casos até às 20 horas desta quinta-feira (28)> PS do Evangélico também já está superlotado

Telma Elorza

O LONDRINENSE

A Santa Casa de Londrina fechou o Pronto-Socorro (PS) para novos atendimentos, às 8 horas desta quinta-feira (28), por causa da superlotação de pacientes. Até às 20 horas, o PS não receberá nenhum novo paciente, que terá que ser encaminhado a outros hospitais da cidade e até da região. O Hospital Evangélico também enfrenta superlotação, mas até o momento, ainda não fechou o atendimento.

Segundo informações da assessoria da Santa Casa, às 8 horas, o PS estava com 30 pacientes em estrutura com capacidade para 12. Às 20 horas será feita nova avaliação das condições para voltar a receber novos pacientes ou continuar suspenso. Os casos no local são os mais variados: traumas, cardíacos, neurológicos, etc, em urgência e emergência. De acordo com a assessoria, o PS atende casos referenciados, encaminhados de serviços de menor complexidade ou encaminhados por SIATE e SAMU.

Evangélico

A situação no Hospital Evangélico também não é fácil. De acordo com a assessoria, o hospital está, hoje, com 71 pacientes em Pronto-Socorro SUS – que tem 19 leitos. Dos 71, 48 estão internados e 23 ambulantes (podem internar ou ter alta). Entre os internados, há 12 pacientes que aguardando vaga de UTI. O Evangélico está com 100% de ocupação na UTI SUS.

crescimento do déficit dos hospitais dura mais de duas décadas, levando os hospitais a um alto endividamento, em mais de R$ 20 bilhões, sucateamento das suas estruturas físicas e tecnológicas, situação que foi agravada durante a Pandemia do COVID-19 e persiste com cenário irreversível de caos, principalmente no abastecimento de materiais e medicamentos com preços elevadíssimos, além da inflação que persegue os custos dos nossos hospitais letalmente.
No Paraná são 147 hospitais filantrópicos, responsáveis por 54% de todos os atendimentos do SUS no Estado e mais de 70% dos atendimentos SUS de alta complexidade. A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (FEMIPA) congrega 71 Santas Casas e hospitais filantrópicos, e suas afiliadas ofertam, ao SUS, 8.489 leitos de internação e 855 leitos de UTI, protagonizando o Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Estado.
“Essa é uma situação que se arrasta há muitos anos em todo o país, e aqui em Londrina não é diferente, infelizmente os recursos não cobrem as despesas. A demanda tem aumentado ano após ano e o déficit só aumenta. Apesar de todos os esforços da prefeitura, que realiza a gestão plena dos recursos, é um problema sistêmico que tem origem na esfera federal” – diz o superintendente do Hospital Evangélico de Londrina, Eduardo Otoni.
Hoje, somente no HE, o déficit do SUS ultrapassa os R$ 2,5 milhões mensais. São realizados mais de 1.500 atendimentos ao SUS, bem acima do contratualizado, pacientes de toda a região norte do Paraná.

Déficit

A situação dos prontos socorros da Santa Casa e Evangélico é agravada pelo déficit que os hospitais filantrópicos vem enfrentando há décadas, com intensificação na pandemia do covid-19. No Paraná, são 147 hospitais filantrópicos, responsáveis por 54% de todos os atendimentos do SUS no Estado e mais de 70% dos atendimentos SUS de alta complexidade. A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (FEMIPA) congrega 71 Santas Casas e hospitais filantrópicos, e suas afiliadas ofertam, ao SUS, 8.489 leitos de internação e 855 leitos de UTI, protagonizando o Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Estado.

“Essa é uma situação que se arrasta há muitos anos em todo o país, e aqui em Londrina não é diferente, infelizmente os recursos não cobrem as despesas. A demanda tem aumentado ano após ano e o déficit só aumenta. Apesar de todos os esforços da prefeitura, que realiza a gestão plena dos recursos, é um problema sistêmico que tem origem na esfera federal”, diz o superintendente do Hospital Evangélico de Londrina, Eduardo Otoni.

Hoje, somente no HE, o déficit do SUS ultrapassa os R$ 2,5 milhões mensais. São realizados mais de 1.500 atendimentos ao SUS, bem acima do contratualizado, pacientes de toda a região norte do Paraná.
Esta é uma situação que se agrava dia após dia com o aumento do extra-teto, que se encontra hoje em mais de R$ 20 milhões. Em 824 municípios do Brasil, as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos são o único equipamento de acesso ao cuidado e à assistência em saúde, com uma representatividade ao SUS nacional de 70% do volume assistencial da alta Complexidade e 51% da média complexidade.

Foto: Arquivo/ Iscal


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