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Promessa da nova MPB, Tom Ribeira atualiza bossa nova e tropicália em composições autorais

Por Fabio Luporini

No palco, um banquinho, um pedestal, um microfone e um violão. Mas, o grande protagonista mesmo é o timbre grave da voz firme do cantor e compositor Tom Ribeira. Artista que é artista não precisa de mais nada: nem de cenários, nem de pirotecnia.

Em cena, um jovem de 22 anos que eu já considero um novo expoente da nova música popular brasileira (MPB). Mais que isso: é uma atualização das definições de bossa nova e tropicália. Talvez uma simbiose desses dois gêneros brasileiríssimos estampada em letras autorais com profundidade e inteligência.

Natural de Botucatu, o jovem interiorano herdou da família as mais lindas referências musicais, fugindo do sertanejo universitário que “contaminou” todo o interior brasileiro. De lá, foi a Paris, onde trocou música e traduções por trabalho e onde teve alguns dos encontros mais frutíferos, sejam pessoais, sejam profissionais.

Apresentar-se em teatros históricos como La Cigale e Elysée Montmartre, ambos em Paris, abriu-lhe as portas para a estrada brasileira, que ele tem percorrido deixando carisma e queixos boquiabertos por onde passa.

Musicalmente, o cantor e compositor tem total controle sobre sua voz. Destila charme, carisma e timbres com direção certa. Tom sabe exatamente o que faz no palco e o que faz com sua voz.

Tem exata noção do agudo que incomoda no retorno e onde alcança o grave de seus timbres. Mais que tudo, seu grave adentra pelos tímpanos e chega bem no coração das pessoas, extremamente encantadas com suas interpretações e suas canções autorais, algumas rapidamente aprendidas e ecoadas na voz do público. Boa parte delas estará no EP que Tom deve lançar no ano que vem.

Fã de Djavan e de Tom Zé, Tom Ribeira sabe aproveitar o que de melhor as gerações anteriores da MPB construíram de legado, adicionando uma pitada de contemporaneidade nas palavras e termos que utiliza para construir letras complexas, mas, repletas de significado e profundidade. Como compositor, traduz em palavras os encontros que teve em Paris, os sentimentos, amores e saudades.

Veja a entrevista exclusiva e completa:

Fábio Luporini

Sou jornalista formado pela  Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina. Me siga no Instagram: @fabio_luporini

Fotos: Divulgação

(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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