Associação Alto da Palhano e vizinhos cuidam de terreno há tempos e reivindicam sua transformação em área de lazer
O LONDRINENSE com assessoria
Na valorizada região do alto da Gleba Palhano, na Rua Eurico Hummig, na altura do número 633, uma área desocupada de cerca de 5 mil m², com gramado bem cuidado e várias árvores frutíferas plantadas, costuma ser identificada como “terreno em frente ao Sonneto”, numa referência ao prédio mais próximo.
O lugar sem definição certa pertence ao município de Londrina. Não é uma praça, nem um parque, mas já entrou na rota de passeio para moradores com seus pets, virou espaço de brincadeiras para crianças nos fins de semana e também faz as vezes de jardim e quintal para dois moradores da redondeza que “adotaram” o terreno e se dedicam a cuidar dele com bastante capricho. Tem até uma enxada comunitária – sempre guardada no mesmo lugar por ali – que já é conhecida dos que gostam de ajudar.
O bancário aposentado Orlando Gomes Palazzi mora faz pouco mais de um ano num condomínio a cerca de 200 metros do terreno. E desde que se mudou para o Alto da Palhano é o “jardineiro do terreno em frente ao Sonneto”. Ele começou plantando um pé de abacate e já comprou e plantou mais de 20 mudas de árvores frutíferas. Além do abacate, tem jabuticaba, romã, acerola, goiaba, limão, caju, manga e araçá. Compra as mudas com o próprio dinheiro, assim como a tinta para pintar o meio-fio e a pequena mureta que divide o terreno da calçada.
O companheiro de jardinagem também é morador da redondeza, Walmir de Menezes Caldas, que traz de casa vasilhas com litros de água para regar as plantas nos dias mais secos.
Autorização solicitada – Somando esforços nesse empenho, a Associação Alto da Palhano – que cuida da manutenção e limpeza da Praça Pé Vermelho, localizada nas proximidades, e representa os moradores de 11 condomínios do entorno – há cerca de dois anos vem fazendo com recursos próprios a roçagem do terreno, deixando-o sempre limpo, providenciou a construção da mureta entre a calçada e o terreno e instalou lixeiras no local.
A presidente da entidade, Alessandra Resquetti, conta que a Associação já solicitou formalmente à Prefeitura a autorização para cuidar do espaço e inclusive para desenvolver um projeto de uma praça especial para pets, mas não obteve retorno.
“A informação que temos é que o terreno foi doado ao município por um particular com uma cláusula específica que condiciona ao uso como espaço público, para uma praça ou área de lazer”, explica Alessandra.
A Associação avalia que esse seja realmente o melhor uso, como mais uma área livre e verde, a exemplo da Praça Pé Vermelho e da Praça dos Pioneiros, que foram construídas pela Plaenge e doadas ao município conforme prevê a Lei de Parcelamento do Solo. “Hoje, tanto a Praça Pé Vermelho quanto a dos Pioneiros estão sob os cuidados da nossa Associação, que tem zelador, cuida do paisagismo, da limpeza, da iluminação e mantém os espaços sempre seguros e bem cuidados. Fazemos isso como forma de contribuir para o bairro Alto da Palhano e com a qualidade de vida dos moradores”, frisa Alessandra.
Enquanto a situação não se define, os moradores que costumam passear pelo terreno também torcem para que a ideia da praça saia do papel. Os “jardineiros” Orlando e Walmir, já têm até sugestões para quando isso acontecer. “Pode ser Praça Brasil, Praça Romã, Praça Bosque. O importante é ser uma praça pra todos usufruírem”, comenta Orlando Palazzi.
O LONDRINENSE entrou em contato com a assessoria de imprensa da CMTU e está aguardo as informações sobre a situação do terreno. Assim que tivermos resposta, publicaremos aqui.
Foto: Os “jardineiros” Orlando Gomes Palazzi e Walmir Caldas, moradores da região/Divulgação