Cursos serão gratuitos e voltados às competências em tecnologia e ao empreendedorismo digital da Indústria 4.0
O LONDRINENSE com Assessoria
A partir de hoje (21), a cidade de Londrina conta com o Programa Espaço 4.0, iniciativa que promove um ambiente criativo de inovação e prepara os jovens para o futuro do trabalho. O programa é do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, através da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), e foi viabilizado por meio de um convênio com a Secretaria Municipal de Educação de Londrina.
O laboratório do programa foi instalado na Escola Municipal Maestro Roberto Pereira Panico, localizada no Jardim São Vicente Palotti, na região leste, com a expectativa de capacitar 120 jovens de 15 a 29 anos, no segundo semestre do ano.
O convênio do município com a SNJ foi firmado em dezembro de 2019, mas será concretizado agora por conta da pandemia, já que os cursos são presenciais. O valor é de R$ 300.000,00, recurso do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com contrapartida do Município de R$ 3.030,30. O convênio foi viabilizado por intermédio do deputado federal Filipe Barros.
As unidades do Espaço 4.0 são modernos laboratórios de tecnologia e de produção criativa, disponibilizados por meio de um contêiner adaptado, conforme padrão arquitetônico estabelecido pela SNJ. Em Londrina, o local está equipado para realização de cursos com oito alunos por turma, com estrutura climatizada, notebooks, quatro impressoras 3D, ferramentas, kits de eletricidade e robótica, um grande aparelho de televisor para apresentação das aulas, quadros de ferramentas e de avisos, uma mini copa com bebedouro e micro-ondas, além de banheiro.
Na Escola Municipal Maestro Roberto Pereira Panico, a unidade vai atender jovens de 15 a 29 anos da comunidade local, público-alvo do programa, bem como os estudantes da escola. Os cursos são de competências em tecnologias e direcionados, prioritariamente, aos jovens com Cadastro Único para Programas Sociais ou (CadÚnico).
Para o segundo semestre, estão previstos quatro cursos de capacitação: Manutenção de Equipamentos de Informática; Modelagem e Impressão 3D; Empreendedorismo digital; Robótica Educacional. Eles serão disponibilizados nos períodos da manhã, tarde e noite.
Serão utilizadas as metodologias steam (software de gestão de direitos digitais), ativas e orientada a projetos, propiciando vivência no contêiner e no espaço maker. O ambiente FAB LAB (espaços de “mão na massa”), possui instalações para manuseio de máquinas CNC e impressora 3D, das ferramentas e dos kits de eletricidade e robótica.
Por meio do Projeto Maker Space e do Programa WASH – Workshop Aficionados em Software e Hardware, voltado à iniciação cientifica, o aluno Arthur Caleb desenvolveu uma lixadeira elétrica com recursos recicláveis, que foi apresentada na 18ª SNCT. Entre os participantes, também estiveram os estudantes Francisco Perdigão, que fez um dispenser para álcool em gel com materiais recicláveis, e Vitor Hugo Belmonte, que desenvolveu um protótipo de mão hidráulica para alunos de inclusão. “Também temos pesquisas que passaram por um edital da Fundação Carlos Chagas, em parceria com universidades estrangeiras, para que o trabalho da escola pública saia do município e vá para mundo afora”, informou Araújo.
Entre os presentes na solenidade, também estiveram os secretários municipais de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada, e do Trabalho, Emprego e Renda, Gustavo Santos; os vereadores Giovani Mattos e a Professora Flávia Cabral; a vice-diretora da Escola Municipal Maestro Roberto Pereira Panico, Sandra Regina Alves da Rocha; o presidente do Conselho Municipal de Educação de Londrina (CMEL), João Marcos Machuca de Lima; representando a Secretaria Municipal de Assistência Social, Rodrigo Barros, além de servidores e alunos da unidade escolar.
Sobre o programa – De acordo com o e-book do Espaço 4.0, da SNJ, o programa reconhece os processos produtivos da indústria 4.0 e as possibilidades inovadoras da Educação 4.0. A Indústria 4.0, também chamada de Quarta Revolução Industrial, engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem, que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo.
A partir da cultura maker, a iniciativa proporciona espaços criativos e inovadores do “Faça você mesmo”, com a resolução de problemas, criação de protótipos e testes com soluções. Visa, portanto, implementar um ambiente criativo de inovação para estimular o aprendizado, proporcionar oportunidade de capacitação técnica e ampliação de habilidades e competências técnicas e socioemocionais para jovens entre 15 e 29 anos, ampliando as possiblidades para o mundo do trabalho. Gostei