Por Marcelo Minka
Para quem está pensando em pegar uma telinha fim de semana, temos três lançamentos nas salas de exibição da cidade. Vamos a eles.
A Noite das Bruxas
Não sei vocês, mas eu não aguento mais as duas adaptações literárias de Agatha Christie, parece que a escritora (1890-1976) só tem dois livros: Assassinato no Expresso Oriente e Morte no Nilo. Ms. Christie era uma das minhas autoras favoritas quando eu era adolescente, mas Hollywood, como sempre, banalizando o que é legal; afinal, mais importante do que Arte é dimdim no cofre, segundo eles.
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A primeira informação que temos que ter é que esse não é um filme de terror, apesar do título e de nos assustarmos muitas vezes. No frigir dos ovos, Kenneth Branagh (ex Emma Thompson), diretor e interprete do detetive Hercule Poirot, acerta a mão e apresenta um bom filme.
O roteiro segue a velha e funcional fórmula de Christie, um assassinato onde várias pessoas são suspeitas e Mr. Poirot vai investigar até descobrir o assassino. Até aqui temos mais do mesmo, o que torna esse suspense interessante são os detalhes da trama, do cenário e as interpretações intensas. A história se desenrola em Veneza após a segunda grande guerra, na véspera do dia das Bruxas (daí sai o nome do filme). Para quem gosta de Agatha Christie ou/e gênero suspense.
After: Para Sempre
E eis que, inacreditavelmente, chegamos ao quinto filme da franquia After. A trama conta a história de Tessa (Josephine Langford) e Hardin (Hero Fiennes Tiffin), dois atores bem ruinzinhos contando uma história sem tempero sequer para um filme de uma hora e meia, mas contabilizamos incrédulos sete horas de bobagens somando todos os filmes.
Neste último, as coisas são diferentes dos outros quatro, elas pioram muito mais. O roteiro, sem ter o que contar mais, dá voltas e voltas em torno de nada. Tipo aquela reuniãozinha profissional de duas horas de duração que poderia ser resolvida em um e-mail. Se o filme fosse classificado como gênero comédia funcionaria melhor do que romance, porque tem algumas cenas com frases de efeito que dá vontade de gargalhar e não de chorar de emoção. Enfim, não perca seu tempo.
Sem Ar

Este filme segue aquela velha fórmula sem criatividade, onde os personagens estão em um lugar paradisíaco, felizes, mas se envolvem em uma situação trágica onde tudo o que importa é sobreviver. Mas, apesar disto, cumpre o que se propõe a fazer, se retorcer na poltrona com as mãos suando enquanto torcemos para a sobrevivência dos personagens.
Na trama, Drew (Sophie Lowe) e May (Louisa Krause) são duas irmãs praticando mergulho e se envolvem em um acidente natural. Ao contrário de outros filmes do gênero, as irmãs terão que enfrentar a falta de oxigênio e os tubarões. Um ponto negativo, além da falta de criatividade, é que parece que roteiro e direção não dialogam bem, apresentando detalhes estranhos e duvidosos, dificultando nosso mergulho na trama. Para quem gosta do gênero.
Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry
Foto: Divulgação
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