Por Regina Matos
“Hidden overwork” é um termo usado para descrever sobrecarga de trabalho ou trabalho excessivo que não é visível ou não é reconhecido formalmente. É a situação em que as pessoas realizam horas extras ou trabalham em casa, mas essas horas extras não são registradas ou remuneradas. Esse tipo de sobrecarga de trabalho traz efeitos negativos na saúde e bem-estar dos trabalhadores, bem como na qualidade de suas vidas pessoais e profissionais. Além disso, é muito prejudicial para as empresas, já que os profissionais cansados e estressados poderão ter uma performance deficiente e uma probabilidade maior de se ausentarem do trabalho devido a doenças ou lesões relacionadas a ele.
O “trabalho escondido” é uma situação crescente em muitos países e é particularmente comum em ambientes profissionais altamente competitivos e com uma cultura de “sempre disponível”. Alguns trabalhadores sentem que precisam trabalhar mais horas para se destacar ou manterem seu emprego, enquanto outros que são responsáveis por realizar tarefas extras para compensar a falta de mão de obra em sua equipe.
O problema é que esse trabalho extra não é registrado ou remunerado, o que significa que os profissionais não recebem o pagamento ou o tempo livre que merecem pelo seu trabalho adicional. Além disso, essa sobrecarga de trabalho, sendo frequente, leva ao esgotamento e ao estresse, ocasionando efeitos negativos na saúde física e mental destas pessoas, bem como na qualidade de suas vidas.
Para as empresas, o “Hidden overwork”, ou trabalho escondido é extremamente prejudicial, pois os profissionais cansados terão a performance comprometida e uma probabilidade maior de se ausentarem de suas atividades devido a doenças ou lesões relacionadas ao trabalho. Além disso, pode levar ao desenvolvimento de burnout e a um ambiente de trabalho não saudável.
Por essas razões, é importante que as empresas reconheçam e abordem o problema do trabalho escondido, por exemplo, estabelecendo políticas claras sobre horas extras, disponibilizando aos profissionais a opção de trabalhar de casa, oferecendo treinamento para gerenciar o estresse e ajudando-lhes a estabelecer equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida pessoal.
Regina Matos
Psicóloga, Consultora em Gestão de Pessoas, Master Coach e Mentora, Especialista em Administração de Recursos Humanos, em Comportamento Organizacional e Logística de RH, em Teoria e Prática de Direito Empresarial, Analista Comportamental PDA e Dilemas de Gestão, atua há mais de 25 anos na área de Gestão de Pessoas. Coautora dos livros “Networking & Empreendedorismo”; “RH na Veia”; “Liderança Feminina em Ação” e “Coaching Empresarial”. Visite meu site e me siga no Linkedin e Instagram. Celular: (43) 99994-0705.
Foto: Freepik
2 Comentários
Excelente matéria, me ajudou bastante! Visitem o site https://eupaciente.com.br para mais informações sobre saúde e bem-estar.
Verdade! Há muitos desdobramentos negativos nesta situação. Cansaço, perigo de burnout, sensação de pressão contínua, ausência de pausa para o necessário descanso e de espaço para a criatividade, além de questões judiciais, dependendo do caso, quando ex colaboradores comprovam que estavam o tempo todo “à disposição” da empresa, sem a devida remuneração. Para o empregador pode parecer que gera produtividade, mas, pouco a pouco, mata-se a galinha dos ovos de ouro.