Realizado há um ano pelo Instituto de Tecnologia do Paraná, o teste comprova se a vacina antirrábica gerou resposta imunológica e é uma exigência legal para que pets possam embarcar para determinados países, como Estados Unidos e países-membros da União Europeia.
Agência Estadual de Notícias
Em consonância com as diretrizes do Governo do Estado em oferecer novas soluções de base científica e tecnológica à sociedade, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) completa um ano em que oferece ao mercado veterinário o exame de sorologia antirrábica animal. Nesse período foram realizados mais de 400 testes.
O teste comprova se a vacina antirrábica gerou resposta imunológica e é uma exigência legal para que pets possam embarcar para determinados países, como Estados Unidos e países-membros da União Europeia.
Em 2021, o instituto modernizou laboratórios no seu câmpus Juvevê, em Curitiba, para fazer exames sorológicos antirrábicos em animais. Com a nova estrutura, o Tecpar se tornou o primeiro do Sul do Brasil a ser habilitado pelos Estados Unidos e pela União Europeia para o exame. O credenciamento, obtido em 2021, é registrado no Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, e na agência francesa Anses-Nancy, laboratório de referência da UE.
O Tecpar é referência na atuação contra a raiva animal, destaca o diretor-presidente do instituto, Jorge Callado. Em 2021, por exemplo, forneceu ao Ministério da Saúde 19 milhões de doses da vacina antirrábica animal e ampliou seu portfólio para oferecer também o exame sorológico, complementar à vacina.
“O Tecpar é referência na área da saúde animal e o credenciamento do nosso laboratório para exame sorológico na União Europeia e nos Estados Unidos no ano passado trouxe facilidades ao mercado veterinário, que tinha que buscar esse serviço em outros estados”, salienta.
MERCADO – Um exemplo de cliente que viu melhorias com a implantação do serviço de análise sorológica animal pelo Tecpar no Paraná é a médica veterinária Andréia Appelt, responsável técnica de dois laboratórios em Curitiba.
Ela lembra que, como o teste é uma exigência legal da Organização Mundial de Saúde (OMS) para viajantes que queiram levar seus pets a países que exijam o Certificado Veterinário Internacional (CVI), a oferta do serviço no Estado reduziu custos logísticos para a obtenção dos resultados.
“O Tecpar nos oferece excelência e qualidade no serviço, somadas ao fato de estarmos muito próximos, o que facilita o envio das amostras e o recebimento dos laudos, que não ficam mais dependentes da utilização de transportadoras e sistemas de correspondências. Caso alguma amostra apresente qualquer alteração, sendo necessários nova coleta e novo envio de amostras, o fato de estarmos próximos é um grande facilitador”, ressalta.
PASSO A PASSO – Para solicitar o Certificado Veterinário Internacional (CVI), que é emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é necessário seguir alguns passos. É importante que o tutor entre em contato com um médico veterinário, pois é o profissional que orientará sobre os procedimentos necessários e fará a solicitação do exame a um laboratório habilitado.
De uma maneira geral, é preciso primeiramente colocar um microchip no pet, procedimento que deve ser realizado antes da vacina contra raiva ou no mesmo dia. O microchip a ser utilizado deve ser certificado e seguir o padrão exigido (ISO 11784 ou ISO 11785). Aplicada a vacina, deve-se aguardar no mínimo 30 dias para fazer a coleta da amostra para a sorologia antirrábica.
O animal poderá viajar somente se obtiver uma titulação de anticorpos neutralizantes do vírus da raiva no soro igual ou superior a 0,5 UI/ml e após cumprir um período de quarentena no Brasil, o qual é especificado pelo país de destino.
Mais informações podem ser obtidas neste LINK.
VALIDADE – Para a União Europeia, o laudo de sorologia antirrábica não possui prazo de validade, desde que o tutor mantenha em dia o protocolo vacinal do pet. Já para os Estados Unidos, o laudo possui validade de um ano.
Foto: Hedson Alves/Tecpar