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Genocídio e etnocídio

Por professor Renato Munhoz 

Aqui neste espaço não cansamos de apresentar as realidades a que foram inseridas os povos indígenas no Brasil, com a invasão dos territórios preservados sobretudo pelo garimpo ilegal. Colocaram os indígenas frente a uma barbárie anunciada.

O que estamos vendo acontecer com os povos Yanomamis é resultado de um projeto de governo que resultou nos maiores índices de desmatamento da história do Brasil durantes o período de governo de Bolsonaro. Sem falar na contaminação dos rios e mananciais pelos garimpos ilegais.

Segundo o dicionário da internet genocídio é: “extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso”. Mas podendo também ser considerado a destruição das culturas indígenas como etnocídio. Já vivemos, na história do Brasil, esta realidade. Com a destruição da maior parte das comunidades indígenas. Genocídio é considerado crime contra a humanidade e deve ser julgado pelo Tribunal de Haia na ONU (Organização das Nações Unidas).

Não sendo equívoco afirmar de que o modus operandi em relação ao meio ambiente do governo anterior deliberou a trágica situação vivida estes dias. O desmonte dos órgãos de acompanhamento das populações indígenas como a FUNAI por exemplo, é apenas um exemplo da promoção de genocídio, com a ideia de desocupação do território, tendo em vista a ação ilegal do garimpo e dos madeireiros na região.

Não por menos os povos Yanomamis têm sido vítimas de diversas violações, como o estrupo de meninas por garimpeiros, fortemente denunciado, e a expulsão de famílias inteiras de seus territórios.

Sem dúvida não cabe ao responsável por esta humilde coluna a afirmação de que houve genocídio e etnocídio ou não. Mas a intencionalidade e a negação da cultura e da humanidade dos Yanomamis e, até mesmo, de outros povos em detrimento da invasão de seus territórios, pode sem dúvida ser caracterizada como uma forma genocida de agir. Assim como nos campos de extermínio do nazismo e fascismo milhões de pessoas foram exterminadas, muitas vezes tendo a desidratação e inanição como mecanismo de morte.

É preciso a responsabilização e penalização daqueles que deveriam proteger e preservar ao invés de serem coniventes com tal realidade. Não podemos continuar assistindo a destruição das culturas originárias em detrimento da ganância e da sede absurda de poder de uma minoria que foram apoiados por governos e por políticos financiados por este dinheiro sujo com o sangue dos Yanomamis.

Professor Renato Munhoz

Teólogo e Historiador. Especialista em Educação Ambiental e Sustentabilidade.

Foto: Condisi-YY/Divulgação

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1 comentário

  1. Bolsonaro e Damares precisam ser responsabilizados.

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