As transformações pelas quais estamos passando, seja na tecnologia ou no processo educacional, nos dão muitas incertezas. Daqui a algumas décadas, inúmeras profissões vão desaparecer. Da mesma forma que muitas outras vão surgir. A realidade é que ninguém tem certeza de quais não existirão mais e quais serão exigidas mais pra frente. Entretanto, a única coisa que sabemos é que precisaremos estar preparados para quando esse momento chegar.
Mas, como? Simples: nossa educação e aprendizado precisam mudar. Ainda hoje continuamos ensinando nossas crianças, adolescentes e jovens com métodos e metodologias do passado. Por isso, se quisermos estar preparados para o futuro, devemos nos preocupar com o ensino do presente. E a inovação é um dos aspectos fundamentais desse novo jeito de ensinar. Até porque está completamente ultrapassado o aprendizado específico para as avaliações.
A educação do futuro quer que os alunos e estudantes aprendam para a vida. Compreendam e entendam os processos, não apenas saibam os resultados. De tal modo que as avaliações como conhecemos hoje cada vez mais deixarão de existir. Somente assim poderão ter características indispensáveis às novas profissões: pró-atividade, capacidade de adaptação, iniciativas, resiliência, entre outras.
São novos hábitos de vida, novo modo de enxergar as coisas. Tudo isso vem acompanhado de um novo propósito educacional. É uma mudança de cultura relacionada ao processo de aprendizagem. E como toda mudança estrutural, demora para se fundamentar. E luta contra os resistentes, aqueles que insistem em permanecer no passado. Os pilares da sociedade estão mudando e, com eles, deve-se mudar o que os sustenta.
Talvez muitas pessoas ainda não enxerguem esses novos paradigmas porque a forma como as coisas acontecem ainda parece a mesma de sempre. Todavia, os vestibulares tendem a se transformar. Assim como o jeito de contratar pessoas e profissionais para as empresas. Tais quais as qualidades e aptidões necessárias para a ocupação dos cargos e postos de trabalho. Não precisa muito para ver toda essa transformação sendo processada gradualmente.
Tiago Mariano
Formado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pós-graduado em Ensino e História. Atualmente ministra aulas no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé, no Colégio Maxi, em Londrina, e é coordenador pedagógico da startup londrinense EducaMaker. Em 2018, foi premiado pela Google for Education (2018) com o primeiro lugar nacional no Programa Boas Práticas pela criação de um método de formação de alunos de alta performance.