O grupo Cia. Translúcidas de Teatro realiza duas apresentações no final de semana, sempre às 20 horas. A entrada é gratuita
Equipe O LONDRINENSE com assessoria de imprensa
O que pode um corpo? O que pode o corpo trans na arte? Pode uma travesti falar? Todo mundo tem direito? Todo mundo é teatro? O que esconde sua personagem? O que é ser normal? O que é mais frágil: nossas certezas sobre gêneros e sexualidades ou os corpos que são vulnerabilizados? É possível existir alegria diante de tanta violência?
Questões como estas são trazidas na peça “Transtornada Eu”. Em seu trabalho de estreia, a Cia. Translúcidas de Teatro compartilha o resultado das experimentações teatrais realizadas com o grupo, formado em julho de 2016. O Translúcidas é fruto de um processo de oficinas teatrais, acompanhado de uma pesquisa de mestrado em psicologia na Unesp de Assis. As apresentações são gratuitas e acontecem a partir das 20 horas, nos dias 13 e 14.
O trabalho foi realizado em conjunto com o Coletivo ElityTrans Londrina, grupo formado por travestis e transexuais da cidade. As oficinas tiveram participação de pessoas trans e travestis entre outras LGBs. Todas se reuniram para fazer teatro, um teatro que abordasse experiências pessoais, a partir das potências, das vivências possíveis e dos questionamentos compartilhados pelas pessoas que se achegaram ao grupo.

A peça, que se desenvolve num barracão, convida o público a transitar e, assim, traçar seu percurso acompanhando as cenas dispostas em diferentes espaços do local onde se realiza a apresentação. As cenas são fragmentos que interagem e buscam criar narrativas não-lineares. Essas conexões são parciais, incompletas, dadas a variações. Afinal, são múltiplas visões de que estamos falando. Tudo depende do que se vê.

A peça seguiu uma proposta de criação coletiva através da provocação cênica de Herbert Proença e contou com a colaboração, além das que compõem o elenco, de outras pessoas que participaram de momentos diferentes das oficinas. A dramaturgia propõe a recriação de narrativas de vida e foi elaborada coletivamente a partir das experimentações teatrais.
A circulação da peça conta com o patrocínio do PROMIC – Programa Municipal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura. O projeto conta com apresentações em cinco espaços: Canto do MARL, Vila Cultural Cemitério de Automóveis (já tiveram apresentações), e além da Usina Cultural ainda circula pelas Vila Cultural Alma Brasil e Vila Cultural Flapt.
O endereço da Usina Cultural é Avenida Duque de Caxias, 4159, Centro, Londrina.
FICHA TÉCNICA
Concepção geral: criação coletiva
Elenco: Linaê Mello, Mel Campus, Rafael Avansini, Herbert Proença
Participação em vídeo: Christiane Lemes
Direção: Herbert Proença
Texto: criação coletiva a partir de textos pessoais e textos de Susy Shok, Linn da Quebrada, Fauzi Arap e José Régio.
Figurino: criação coletiva com participação de Josyane Barandão.
Arte visual: Carolina Sanches
Registro audiovisual: Fagner Bruno de Souza
Operadora de luz: Aline Cabral
Classificação Indicativa: 18 anos