O cantor e compositor paulista apresenta o show lançado em Paris, França, com o melhor da música popular brasileira e composições autorais
Suzi Bonfim
O LONDRINENSE
O cantor e compositor paulista Tom Ribeira é a atração no palco do Bar Valentino, nesta quinta-feira (05), às 21h. O show faz parte da turnê que Tom lançou em Paris, França, no final do mês de junho e está percorrendo várias cidades brasileiras.
Em Londrina, o show é uma realização da Okupa Eventos (@okupaeventos) com apoio cultural do O LONDRINENSE, Livraria Olga, Comidaria Green, UEL FM e Doshi Yzakaya. Os ingressos custam R$ 20,00 (antecipados) e R$ 25,00 (na portaria).

À primeira vista, Tom é um menino que chama a atenção pela beleza e meiguice no olhar. Porém, quando o jovem de apenas 22 anos toca o violão e canta clássicos da Música Popular Brasileira e composições autorais, se constata o talento de um artista com segurança, maturidade, potencial e afinação impressionantes, não só em português, mas também em francês, inglês e espanhol.
Natural de Botucatu, interior de São Paulo, a música vem do berço. Começou a tocar e cantar aos 6 anos influenciado pelo tio Osni Ribeiro, violeiro, cantor e compositor.
Nas redes sociais, onde Tom aparece com toda sua trajetória musical, estão o registro de inúmeras canções, exemplos da versatilidade musical do brasileiro que transita entre a avenida Paulista e os arredores da Torre Eiffel.
O Londrinense conversou com Tom Ribeira sobre a trajetória e os planos na carreira que está decolando e a expectativa do show na pequena Londres. Confira:
“Espero que o londrinense – e todo o público de Londrina, cidade que me recebe pela primeira vez, possa absorver pelos ouvidos os sentimentos que um dia existiram em mim e viraram música.”
Tom Ribeira
O LONDRINENSE- Tom, conta como tudo isso começou, a música faz parte desde sempre da sua vida, alguém te influenciou de uma forma especial?
TOM RIBEIRA – Desde pequeno fui banhado na cultura da música popular graças à minha família. Meu avô me presenteou com nomes da velha guarda, como Adoniran, Noel Rosa e Dona Ivone Lara. Minha mãe me introduziu a nomes tropicalistas e a suas canções.
Meu tio, Osni Ribeiro, é violeiro, cantor e compositor e me apresentou logo cedo ao violão – um amor pelo instrumento que ali começou e não acabou até hoje.
O LONDRINENSE- Você é muito jovem e está encarando os palcos na França – fez sua primeira aparição ao grande público em um dos teatros mais históricos de Paris, o La Cigaele, em 2022 – e, nesta sua agenda de shows, desde junho, se apresentou de novo em Paris e, no Brasil, já passou por Botucatu, Rio de Janeiro, São Paulo e agora em Londrina. Como você avalia a receptividade da plateia diante da música brasileira lá fora e aqui?
TOM RIBEIRA – Até hoje, tocar para ambos os públicos foi igualmente emocionante e lindo. Porém, sinto que a audiência brasileira foi mais interativa e calorosa.
Não sei se isso se dá pelo fato da plateia se identificar logo de cara, com o idioma, vivências e nacionalidade, ou simplesmente por uma questão cultural. Ainda preciso de mais alguns anos de carreira para ter certeza. Voltarei para contar.
O LONDRINENSE- Você está produzindo em estúdios suas primeiras músicas que serão lançadas nas plataformas de streaming ainda em 2023. São composições suas, como é este processo de criação?
TOM RIBEIRA – Sim, as músicas são de minha autoria e também de parcerias com outros compositores da nova MPB. A criação é algo que eu não arriscaria explicar ou descrever, mesmo em meus dias mais poéticos.
Sendo assim, faço das palavras de João Nogueira, na música “O Poder Da Criação”, as minhas (e quem não conhece vai ter que ir lá para conferir)
O LONDRINENSE- Ao ouvir você e o violão, a gente faz uma conexão direta com grandes nomes da MPB como Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Morais. Este caminho como referência musical é uma forma de ampliar e se firmar na carreira?

TOM RIBEIRA – Pra mim é uma honra estar dividindo a mesma frase com esses nomes. Mas creio, sim, que a música, a arte e todas as ocupações humanas movidas a inspiração são frutos de referências e encontros.
Para mim, os artistas brasileiros que acompanho e admiro servem de exemplo e me ajudam a analisar a música e intensificar minha relação com ela.
O LONDRINENSE- Quais as suas pretensões no cenário musical, é investir lá fora ou no Brasil?
TOM RIBEIRA – Para meus próximos lançamentos, o planejamento é adicionar músicas em outros idiomas também, como o inglês e o francês, com o objetivo de fazer da minha música algo que permeie tanto a nossa cultura sul-americana, que eu já conheço e amo, quanto a cultura estrangeira, que aprendo aos poucos a conhecer e amar.
Meu objetivo pode ser considerado ousado: engrandecer a cena da música popular brasileira junto a pessoas que amo e admiro. Pois para mim o segredo está no coletivo. Só assim a corrida vale a pena.
O LONDRINENSE- O que o londrinense pode esperar do seu show?
Espero que o londrinense – e todo o público de Londrina, cidade que me recebe pela primeira vez, possa absorver pelos ouvidos os sentimentos que um dia existiram em mim e viraram música.
Confira uma das canções aqui
fotos: Divulgação