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O “histórico” Widson Schwartz, uma vida em livro

Chico Amaro e Paulo Boni assinam a biografia do lendário jornalista que completou 50 anos de profissão este ano

O LONDRINENSE com assessoria

Widson Schwartz, o jornalista que mais pesquisou e escreveu sobre a história de Londrina, completou 50 anos de exercício da profissão em maio, e a data está sendo comemorada agora, devido aos percalços da pandemia do coronavírus, com o lançamento do livro “Widson Schwartz, Repórter – O Colecionador de Histórias”, de autoria de Chico Amaro e Paulo Boni, também jornalistas. O lançamento será nesta quinta-feira (3), a partir das 19h30, no pátio do Museu Histórico Pe. Carlos Weiss.

Schwartz está para fazer 80 anos (dia 20). Com 308 páginas, o livro é fruto de dois anos de trabalho, nos quais os autores fizeram longas horas de entrevista com o protagonista, e pesquisaram material produzido por ele para também contar partes significativas da história de Londrina, especialmente no campo da política e da economia.

Mas não se pense que o livro tem uma linguagem acadêmica. Ao contrário. Tudo está contado – a trajetória de Widson na imprensa, os fatos da história que ele abordou em seus diferentes trabalhos – numa linguagem que parece uma sucessão de saborosas crônicas. Pode-se dizer que ali está contido um agradável e minucioso relato histórico do que representou a imprensa de Londrina no período em que a Folha de Londrina era o principal jornal do Paraná – e certamente o maior do interior do Brasil. Sem contar as fotos! Estão publicadas 49 fotos em que aparece Widson, algumas do álbum de família, a maioria do seu tempo de repórter especial na Folha. Estas últimas vêm acompanhadas por crônicas escritas por ele.

Widson Schwartz é catarinense da cidade de Caçador, mas veio para Londrina com 8 anos, em 1949, acompanhando a mãe e cinco irmãos, depois que o pai, que tinha vindo no ano anterior, se estabeleceu como corretor de terras, confirmando a expectativa de trabalho e bons ganhos proporcionados pela colonização da região.

A família só ficou quatro anos em Londrina, morou também em Apucarana e Curitiba, mas em 1962, já adulto e com um ofício aprendido, foi em Londrina que Widson encontrou, como procurara, a oportunidade de trabalho que lhe permitiria fugir do frio que o chateava na capital.

Veio a convite, para colaborar na montagem e ser operador de som de uma gravadora de propaganda de rádio e outras produções sonoras que foi instalada por iniciativa de Raul Zanoni, nome histórico do rádio local. Daí em diante, nunca mais “deixou de ser” um londrinense interessadíssimo pela história da cidade.

Widson passou os anos de 1960 trabalhando principalmente como operador de som (também na TV Coroados) e tornou-se produtor e apresentador de programas de rádio, mas só entrou no jornalismo no dia 4 de maio de 1970, como repórter da Editoria Regional da Folha de Londrina, levado por seu amigo Jota Oliveira, a quem havia conhecido na lida radiofônica.

De 1975 a 1987, Widson Schwartz teve uma trajetória única na imprensa de Londrina: foi repórter especial da Folha e, nessa condição, conheceu e apresentou aos leitores distantes rincões do Paraná e até de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, numa época em que a Folha de Londrina tinha 11 sucursais, circulava em mais de 500 localidades e era vendida até em Cuiabá. Ele guarda mais de 400 reportagens de página inteira que escreveu nesse período.

Widson também fez uma carreira premiada em concurso de jornalismo como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, de 1984 a 1993 – até quando a crise econômica se impôs e obrigou os grandes jornais a reduzirem drasticamente suas equipes.

Mas foi depois que ele se tornou conhecido por seu apreço e empenho em pesquisar e escrever sobre a história de Londrina. No Jornal de Londrina (que deixou de circular em 2015), ele foi o repórter e editor da seção “Ligue-se em Londrina”, que por nove anos brindou os leitores em páginas inteiras de matérias sobre aspectos históricos da cidade, seu povo, sua política, seu crescimento econômico e cultural, de 1996 a 2004. Arquivou desta vez umas 450 páginas inteiras que publicou, quase todas coloridas.

A identificação do nome Widson Schwartz com a reportagem histórica tornou-se tão grande que, em 2004, ele se tornou o “Repórter da História” da Rádio CBN, onde passou a produzir e apresentar documentários sobre a colonização da cidade, em ocasiões como aniversários da emancipação do município, e também, por exemplo, a história da imigração japonesa na região, a história dos serviços de saúde e educação na cidade e a história da Associação Comercial e Industrial.

Também fez livros! Dois para a Associação Comercial, vários por iniciativa da Rádio CBN para comemorar aniversários de Londrina e um documento precioso com o título “Rio Tibagi – Nas Águas da História: navegando pelo patrimônio, cultura e paisagem”, mostrando sua familiaridade com o grande rio paranaense cujo nome está ligado à história de Londrina. Tudo isso também está resenhado no livro.

Serviço:

“Widson Schwartz, Repórter – O Colecionador de Histórias” terá seu lançamento neste dia 3, quinta-feira, às 19h30, no pátio do Museu Histórico Pe. Carlos Weiss, da UEL, na Rua Benjamin Constant. Os autores e o protagonista do livro darão autógrafos. O exemplar custa R$ 50,00. Serão tomadas medidas de proteção contra a disseminação da covid-19. Pede-se que compareçam de máscara, haverá álcool em gel à disposição. Quem preferir, poderá entrar com o carro no pátio do museu e obter seu exemplar sem sair do carro.

Foto: Divulgação


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