Se cumprisse a lei, ele morreria no ninho e meu pai teria um processo para dar dor de cabeça. Ele era o Johnny Winter, que viveu por uns 3 anos. Quando nasceu, foi rejeitado no ninho e, observando, meu pai viu que ele tinha problemas de visão. Foi salvo a base de papinhas e água dada no bico, de hora em hora.
O Johnny cresceu sadio, mas sem visão. Foi necessário ficar separado em uma gaiola própria. Meu pai, como ótimo passarinheiro por mais de 75 anos (jamais pegou eles nos seus habitats), fez, com muito amor, adaptações nos puleiros colocando vários coxos de água, rações, verduras, ovos e frutas para facilitar na sua sobrevivência.
Impressionante que, no dia a dia, foi se ajustando e até voava e cantava muito. Johnny era muito manso e reconhecia o meu pai quando ele vinha lhe tratar. Quando uma pessoa chegava perto, ele, na sua intuição, ficava muito calmo. Mas adorava mesmo era ouvir a voz de meu pai , o seu protetor. Morreu recentemente de causas naturais para tristeza de todos. (José RoberStones Pieretti)