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TUBARÃO FIEL: Sonhar não custa nada!

Um dos mais cantados sambas-enredos na  Marquês de Sapucaí dizia que “Sonhar não custa nada?E o meu sonho é tão real”. O samba da Mocidade de Padre Miguel fez sucesso em 1992 e levou a escola da zona oeste carioca ao vice-campeonato. Pego a deixa na letra da música para abordar parte da entrevista do técnico Alemão após o LEC garantir passagem inédita para a quarta fase da Copa do Brasil.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade do jovem time do Tubarão enfrentar um time da Série A na outra etapa, Alemão não se intimidou: “Espetacular, é isso que nós queremos. Vem uma equipe grande aqui, nós vamos encher essa casa (Estádio do Café) e jogar de igual para igual. Futebol é 11 contra 11. Não tem time grande, não tem time pequeno, tem é coragem e personalidade para jogar”.

E essa atitude destemida do treinador é o que se tem visto nesta temporada de 2019. O LEC, de Alemão, sabe que sonhar não custa nada e tem jogado para frente. O estilo difere daquele utilizado pelo ex-técnico Claudio Tencati, que “reinou” por 7 temporadas no comando do LEC, mas que na maior parte do tempo valorizava a posse de bola e pouco se arriscava ao ataque. Ah, não se trata de jogar pedra no trabalho de Tencati, que afinal levou o Londrina da Série D para a Série B e ainda ao título do Paranaense 2014 e da Primeira Liga (2017).

Com Alemão a história é outra. Vejam que loucura foi esse empate de 3 a 3 contra o Botafogo-PB, quarta-feira (3), no Estádio do Café. Mesmo se retraindo para explorar os contra-ataques em função da vantagem de 2 a 0 obtida em João Pessoa, o LEC não se omitiu de atacar. Tanto que sempre esteve à frente do marcador. Levou susto, sim levou. O goleiro Matheus Albino se sobressaiu, em especial no primeiro tempo, com grandes defesas. No entanto, a molecada do Londrina também incomodou a zaga paraibana. Tanto que a melhor chance desperdiçada na etapa final foi do LEC, com o volante Anderson Leite mandando por cima do travessão um gol imperdível no último minuto.

A garotada do LEC, agora capitaneada por Dagoberto, 36, – e, claro, pelo também experiente volante Germano, 38 – tem novos desafios e sonhos nesta temporada. Dagol fez uma estreia discreta. Mostrou o talento de sempre, mas faltou-lhe ritmo de jogo. E quatro garotos da base – Luquinha,  Anderson Oliveira, Raí Ramos e Felipe Vieira -, também se destacaram na partida. O zagueiro Augusto, que marcou dois gols de cabeça, foi outro a se sobressair. No entanto, o grande nome do jogo foi o goleiro Matheus Albino que, com grandes defesas, fez a torcida se esquecer do inseguro Alan.

Neste domingo (7), o LEC dá um tempo na Copa do Brasil e encara o Coritiba, na capital, numa das semifinais do returno do Campeonato Paranaense. Neste confronto, Alemão terá de escolher alguém para a vaga de Dagoberto, que não está inscrito no Estadual. O jogo é único e quem vencer vai à decisão contra o vencedor de Atlético x Rio Branco, que se enfrentariam no sábado. Em caso de empate, o classificado será conhecido em cobranças de pênaltis.

Será a última das três decisões do LEC na semana. Na primeira, uma goleada de 4 a 1 sobre o expressinho do Atlético que o garantiu nas semifinais do Estadual. Na segunda, o empate necessário para se garantir na Copa do Brasil. Hoje vem a terceira, agora fora de casa. O LEC não tem lá um bom retrospecto contra o Coxa – em setembro do ano passado ganhou por 1 a 0 quebrando um jejum de 24 anos sem vencer o alviverde lá -, mas como diz seu treinador Alemão é preciso ter coragem e personalidade para jogar. Que assim seja.

BARBATANA – Faço uma homenagem ao zagueiro Sílvio que completou na quarta-feira 200 jogos com a camisa do LEC. Ele está no clube desde que a SM Sports assumiu em 2011 e ainda teve uma passagem em 2009. Parabéns ao jogador pelo feito e pelo comportamento em campo.

MANDÍBULA – Só poderia ser para o confronto entre as torcidas de Flamengo e Peñarol, quarta-feira, nas ruas do Rio de Janeiro, antes e depois do confronto pela Libertadores. A Conmebol poderia agir proibindo tais torcedores de se deslocarem a outros países para acompanharem seu times.

Foto: Gustavo Oliveira/LEC

Claudemir Scalone

Sou jornalista formado pela UEL (1987/1990) e apaixonado por Londrina e pelo Londrina Esporte Clube. Já trabalhei no Correio Londrinense (1992/1994) e na Folha Londrina, onde fui revisor, repórter, redator e editor (1990/1992 e 1994/2018). Meus lugares preferidos são o Zerão e o Lago Igapó onde faço caminhadas e fotos desse cartão postal de Londrina. E, claro, o Estádio do Café é outro lugar favorito, pois lá é a casa do Tubarão. Como todo torcedor do LEC, sonho em ver o time voltar à Série A do Brasileirão, porém, antes disso espero que o clube se reestruture a ponto de não precisar terceirizar seu departamento de futebol.

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