Confira uma nova lista de comidinhas clássicas que andam sumidas nas festas de hoje
Telma Elorza
O LONDRINENSE
A coluna da semana passada deixou muita gente salivando de vontade pelas comidinhas que andavam sumidas. Teve muita gente comentando e, inclusive, me passaram o nome de uma doceira que faz o verdadeiro bolo Floresta Negra (logo vou encomendar!). Mas também questionaram que, na lista que fiz, faltaram alguns clássicos que alegraram nossa infância. Pois não falta mais. Aproveite.
Lanchinhos de carne louca
Os lanchinhos de carne louca estavam em quase todas as festas dos anos 1980. Feito com posta branca (ou lagarto) cozida e desfiada, levava tomates, cebolas, pimentões vermelhos e amarelos e vários temperos à gosto no molho. Regado com bastante azeite, virava uma espécie de conserva que, depois, recheava os pãezinhos. Nossa, era (e é) uma delícia.
Batatinhas temperadas
Quem não se lembra dos adultos comendo as batatinhas cozidas e temperadas em conserva? Acompanhadas por uma cervejinha, era muito gostoso – e chique – como aperitivo. Lembro de alguns casamentos da minha infância onde as batatinhas tinham destaque especial.
Bolo gelado (embrulhado em papel alumínio)
A geração Nutella não conhece o verdadeiro sabor de um bolo gelado e embrulhado no papel alumínio. As doceiras de hoje substituíram sabores tradicionais de bolos (nossa, como é difícil achar um bolo recheado de ameixa com doce de leite!) por essas bostas de Nutella e leite Ninho. O bolo gelado era um bolo simples, cortado em quadrados, que depois eram passados num caldo feito com leite condensado, leite e creme de leite e depois no coco ralado. Cada pedaço então era embrulhado num papel alumínio e servido no dia seguinte, para o caldo penetrar bem. Uma maravilha das maravilhas.
Fios de Ovos
Ah, os fios de ovos. Eles são o creme de la creme dos anos 1970-80. Estavam em todos os pratos chiques – doces E salgados. Quem nunca provou um lombo de porco ou peru assados e decorados com pêssegos, abacaxi, cerejas e fios de ovos? Ou bolos com porções dele na decoração? Fios de ovos vão bem com tudo, até sozinhos (meu filho comia puro, quando conseguia por as mãos em uma porção). Para fazer uma porçãozinha de 300 gramas, é necessário 1 ovo e 11 gemas passadas na peneira (para tirar a película da gema). Depois é cozido em uma calda grossa de açúcar e água. Mas o segredo é o funil específico de fios de ovos. Uma trabalhadeira danada, mas que sempre valia a pena.
Sagu de vinho
O sagu de vinho é um clássico da minha infância. Particularmente, eu não gostava muito quando criança. Só vim a descobrir todo o sabor desse doce depois de adulta. O sagu é uma fécula de mandioca que se assemelha à tapioca (só que vem em forma de grãos), cozida no vinho, suco de uva, água e açúcar. Uma sobremesa deliciosa. Quem não bebe, pode usar apenas suco de uva.
Cajuzinho
O cajuzinho é o primo renegado do beijinho e do brigadeiro. Geralmente era o último a ser comido nas festinhas, mas essa massinha de leite condensado e amendoim moído tem o seu valor e seu sabor. Sumiu das festinhas de aniversários, mas merece um ser lembrado (e, se possível, comido) com carinho.
