Fui conhecer o Yoi-Don, um restaurante que parece fast food, mas tem sabor de comida caseira (japonesa, claro!)
Telma Elorza
O LONDRINENSE
Estava eu navegando pelo Instagram (sabe quando você vai simplesmente rolando a tela?). Então, quando me aparece um post de um restaurante japonês, em Londrina, que eu não conhecia. Curiosa (adoro conhecer restaurantes novos), fui ver o feed. E adorei. Um restaurante com pratos tradicionais japoneses SEM SASHIMI? Eu adoro comida japonesa, mas sinceramente? Gosto só dos shushis vegetarianos e não engulo sashimi. Nada de peixe cru aqui, pra mim. E não é por falta de tentar. Já tentei várias vezes, em quase todos os japoneses que fui. Questão de gosto, mesmo.

Aí chamei minha parceira Suzi Bonfim e fomos conhecer o Yoi-Don, que fica ali na Praça do Aleijadinho, 51 (pertinho do Hospital Evangélico, só para vocês terem uma referência). O Yoi-Don funciona desde 2012 (e eu não conhecia! Que absurdo!) e foi uma iniciativa do Rodolfo Aikagui que, juntamente com sua mãe, idealizou um restaurante japonês diferente do que se vê no Brasil, com comida caseira japonesa. “A gente começou com quatro pratos apenas, mas a receptividade foi muito boa e fomos expandindo o cardápio aos poucos”, conta.
Sabor caseiro japonês
Os pais de Rodolfo moraram no Japão por 20 anos direto. Ele passou grandes temporadas lá, outras no Brasil, voltou para lá, enfim, conheceu bem a cultura nipônica. Mas foi quando foi estudar inglês na Austrália que surgiu a ideia do restaurante. “Vi um que gostei muito, estilo fast food – com a comida sendo preparada rapidamente -, mas com uma qualidade e sabor que realmente valia a pena. Na volta ao Brasil, conversei com minha mãe e abrimos o Yoi-Don”, conta. A mãe trabalhou muitos anos em restaurantes tradicionais, que servia exatamente a comida que Rodolfo gostava. “É a comida caseira, gostosa, acessível. A gente queria mostrar que a culinária japonesa não vive só de sushi e sashimi”, conta.

O restaurante foi todo idealizado para lembrar um ambiente japonês estilizado para o gosto brasileiro. As mesas lembram aquelas baixinhas, em que os convivas sentam sobre almofadas no chão. As almofadas estão lá sobre banquinhos e as mesas têm altura normal, mas, para quem tem referências, é fácil perceber a inspiração. O ambiente é despojado, sem muita frescura, e extremamente limpo.
Embora dê para se alimentar lá, o forte agora do restaurante é o delivery, que começou ainda antes da pandemia e só se fortaleceu com o tempo. “O fast food aqui é a forma que a gente prepara, rapidamente, e a entrega também é otimizada, para garantir o menor tempo possível de espera. Mas é só isso: todos os pratos são preparados na hora, com ingredientes de alta qualidade.
Ai, que dúvida!
E a comida? É uma loucura. Demoramos mais para escolher os pratos que queríamos do que para recebê-los. São MUITAS, mas muitas opções mesmo, entre pratos quentes (30) e frios (7) e 13 tipos de porções (a mais cara custa R$23,90). Os pratos mais baratos custam R$22,90 (sem carnes) e os mais caros, R$35. Achei os preços muito bons, para uma refeição completa, já que os pratos vem com uma cumbuca de missoshiro e uma saladinha de repolho curtida. Há ainda quatro opções de combos, com um prato e um acompanhamento (tempurá, karaguê, guioza ou sushi) e um refrigerante, com adicionais entre R$10 e R$12. Aliás, ali não servem bebidas alcoólicas, só sucos, refris e água. “Não é um restaurante para passar o tempo”, diz Rodolfo.

Segundo o proprietário, os pratos mais pedidos são os tradicionais, os que estão no cardápio desde o primeiro momento: o Katsu Don, o Guy Don e o Karê.
Depois de muita deliberação entre nós, eu pedi um combo de tempurá com um prato de Yakiniku-Don (que ficou em R$38,90); Suzi escolheu um prato frio, um Barazushi com salmão grelhado no combo de kareguê (R$43,90). A ideia, como sempre, é pedirmos pratos diferentes para provarmos o maior número possível de coisas. E olha, a decisão foi difícil, mas corretíssima. Adoramos tudo.


O Yakiniku-Don é um prato com gohan, tiras de carne bovina temperada com molho de churrasco japonês (alho, shoyu e gengibre), salada de repolho e tomate. Estava simplesmente fantástico. Com o acompanhamento de um tempurá delicioso, sequinho e crocante, mais o repolhinho curtido e missoshiro, me alimentou muito bem pela tarde toda, nem precisei de café da tarde.

Barazushi é uma espécie de sushi aberto, que vem com arroz de sushi, cream cheese, gergelin, kani, pepino, cenoura, omelete em tiras, algas em tiras, alface, atum ou salmão grelhado. O de salmão estava simplesmente maravilhoso, uma combinação incrível de sabores. O karaguê que acompanhou o combo estava perfeito: crocante por fora e úmido por dentro.
Para fechar a refeição, atacamos a geladeira de sorvetes de marcas famosas coreanas, como Melona e Power Cap. E escolhemos um para dividir entre nós duas (estávamos bem satisfeitas depois de comer nossos pratos bem servidos). Optamos por um da marca Samanco de chocolate, que tem uma casquinha de sorvete em formato de peixe envolvendo o recheio. Da mesma marca, tem um com recheio de feijão vermelho e de morango.



Nossa experiência foi uma delícia. E virei freguesa do Yoi-Don. Ainda mais que ele também está no i-Food, no Rappy e também tem delivery próprio pelo telefone 3026-1111. Recomendo muito. O restaurante funciona de segunda a sábado para almoço, das 11h às 14, e de segunda a sexta para o jantar, das 18h30 às 21 horas.
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Foto principal: Suzi Bonfim