Conheça o novo bar do Mi Casa: o primeiro com cardápio exclusivamente vegano

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O local é totalmente diferente do que se vê por aí: um misto de barbearia, estúdio de tatuagem e agora também um bar vegano

Telma Elorza

O LONDRINENSE

Acho que boa parte dos jovens (e não tão jovens) londrinenses conhece o BarBearia, um bar que está, desde 2011, movimentando a Rua Quintino Bocaiúva e a noite londrinense, dando espaço para o rock underground brasileiro. O proprietário do BarBearia, Júnior Carvalho – que eu é meu amigo desde quando trabalhava comigo no finado Jornal de Londrina/JL – é um cara empreendedor. Em 2015, ele fez um curso de barbearia e montou o Mi Casa, um espaço original, ali na Rua Paraíba, 191 (ali, no centro histórico de Londrina, na continuação da avenida Higienópolis), que reúne a barbearia dele e o estúdio de tatuagem do Eduardo Berbel, um conhecido tatuador de Londrina. Mas, há cerca de dois meses, acrescentou também um bar até no nome, Mi Casa Barbearia e Bar. E, o melhor, o primeiro bar noturno de Londrina com cardápio exclusivamente vegano.

A ideia surgiu quando a Dayana Fonseca Ferreira, a Day, que já tinha, há mais de cinco anos, um delivery de comidas veganas – o Tá Pronto Vegan – , resolveu montar um ponto fixo para comercializar seus pratos. Amiga de Júnior, ela perguntou se ele sabia de algum espaço com cozinha para alugar. Júnior, que tinha recentemente se mudado dos fundos do Mi Casa, já tinha projeto de montar um bar ali. Resultado: a união dos dois deu certo. Hoje, o Tá Pronto Vegan é responsável pelo cardápio variado e delicioso do Mi Casa.

Inaugurado há dois meses com uma festa que reuniu amigos, clientes novos e antigos, crianças, rock e muita comida boa, o local é bem divertido e conta até com uma mini pista de skate para quem quiser brincar ou se arriscar um pouco sobre rodinhas.

Cardápio vegano

Mas vamos falar de comidas. A novidade de um cardápio exclusivamente vegan não agradou, logo de cara, a clientela do BarBearia que começou a frequentar o Mi Casa. Segundo Júnior, alguns clientes reclamaram não ter opções não veganas no cardápio. “Sempre tem os que reclamam, mas já estão se acostumando e provando. Isso é o que importa: quem prova, gosta”, diz. Day diz que é a oportunidade também de mais pessoas conhecerem o vegan. “É uma comida que todo mundo pode comer e quando provam, acabam gostando. Porque muita gente ainda tem preconceito, acha que a comida vegana é ruim, sem sabor”, explica.

Day explica que cansou de ir para os botecos e ter que comer apenas batata frita ou amendoim. “Em alguns locais, não tinha nem isso e eu tinha que levar meus próprios amendoins para enganar a fome”, conta. Ali no TáPronto/Mi Casa, isso nunca vai ser problema, porque oferece um cardápio bem variado, com muito sabor. Day diz que faz questão de usar bastante temperos, porque a ideia é que seja muito bom, que surpreenda.

O cardápio oferece 10 tipos de lanches vegan (preços que variam entre R$20 e R$37), seis tipos de salgados (entre R$10 e R$18), seis tipos de porções (entre R$28 e R$40), inclusive batata frita para quem resiste a provar comida vegan, e ainda dois doces: um pastel de chocolate e banana (R$16) e uma canjica cremosa (R$15). Pra gente provar uma variedade maior e ter uma ideia dos sabores, Day preparou uma porção exclusiva (não adianta pedir essa, sorry) com exemplares de bolinhos de feijoada vegana, de jaca e de croquete de brócolis e ainda espetinho de seitan (que uma espécie de ‘carne’ de trigo oriental).

Vou confessar: eu não suporto jaca. Não consigo nem sentir o cheiro sem passar mal. E estava com sérias restrições de provar o bolinho de jaca (porção R$30, coxinha a R$12). Mas Day garantiu: a ‘carne’ de jaca é feita com a fruta verde, que não tem o cheiro característico. Foi isso que me animou a experimentar. E, sério, que delícia. Bem temperado, parece mesmo um bolinho de frango. O croquete de brócolis (porção R$30) também estava delicioso, dava para sentir bem o sabor do vegetal. Mas o que conquistou meu coração definitivamente foi o bolinho de feijoada vegana (R$28). Cara, que delícia. Que fantástico. Melhor que muito bolinho de feijoada tradicional que já provei. O espetinho de seitan (R$15) também estava bem gostoso, com pedaços de pimentão e cebola, parecendo um espetinho de carne.

Provamos um lanche também. Confesso que fiquei em dúvida, entre tantas opções e tendia a provar o Nodog (R$28) que é um hot-dog feito com salsicha vegana, o que é bem mais saúdavel que as tradicionais. Mas estávamos em duas e resolvemos dividir um, depois dos bolinhos. Escolhemos o X-Velvet (R$38), que é feito com feijão fradinho, calabresa vegana, pão australiano de fermentação natural, tomate alface, cebola caramelizada, maionese vegana e ketchup. O lanche é grande e muito, muito gostoso. Eu não consegui dar conta da minha parte, com dó no coração, mas já tinha comido bem com a porção.

Por coincidência, no dia seguinte, voltei ao Mi Casa para dar um beijo numa amiga – e sua bebêzinha linda – que veio de São Paulo visitar parentes e marcou ali para rever os amigos. Aproveitei e pedi uma coxinha de cogumelos (R$13,50). Senhor, que coisa boa. Feita de massa de batata com recheio de mix de cogumelos shitake e funghi mais tomate seco, dá vontade de comer umas três de uma vez só. E não estou brincando.

Tudo isso foi acompanhada por Heinekens (R$18) geladas, mas o bar ainda oferece Petra (R$12) e Black Princess (R$15), além de chopps variados (R$8 a R$14) e longs necks (R$8 a R$17), além de doses e drinques (R$12 a R$25). Por sugestão do Júnior, provamos também um drinque novo na casa, que não está nem no cardápio ainda: o Xeque Mate. Feito com mate, rum, limão e guaraná. Muito bom, muito gostoso, refrescante, mas pra quem tem problemas para dormir como eu, é capaz de deixar ligadona boa parte da noite.

Mesmo que você não seja vegano, vale a pena ir conhecer o MiCasa e experimentar o cardápio. O local funciona de terça a sábado com a barbearia das 10 às 19 horas e o bar, das 17 às 22 horas.

Fotos: Telma Elorza

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