Letícia Catelani esteve em Londrina, participando do Fórum do Agronegócio 2019
Telma Elorza
Equipe O LONDRINENSE
A diretora de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Letícia Catelani, foi uma das palestrantes do Fórum do Agronegócio, que aconteceu na segunda (8), durante a ExpoLondrina. Catelani falou da atuação da agência e dos projetos que estão desenvolvendo para alavancar a exportação de valor agregado do agronegócio. No centro da disputa interna que acontece hoje no órgão, Catelani tem opiniões bem alinhadas como o novo governo.
Especialista em mercados internacionais e negociações comerciais, com mais de 12 anos de experiência em importação e exportação, Catelani diz que o agronegócio será o foco da Apex no novo governo. Depois de sua participação no Fórum, ela conversou com O LONDRINENSE e disse que atração de investimentos será prioritária para o desenvolvimento de toda cadeia produtiva, para que o produtor possa exportar não só o grão e farelo mas também o óleo e a ração. “O mercado de pets, inclusive, aumentou muito no último ano. As empresas apoiadas pela Apex tiveram um incremento de exportação de 97%”, disse. Segundo ela, há várias pautas em que a agência atua e que pode auxiliar os produtores a entrar nos mercados externos.
Sobre a questão de mudança de imagem do Brasil no mercado exterior – que vê o país como desmatador -, ela diz que é um trabalho que está sendo desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) mas com apoito da Apex. “Porém temos algumas ações para mostrar que o nosso agricultor preserva o meio ambiente, ele é um dos maiores preservadores do meio ambiente. A maioria das propriedades tem 26% preservado da mata, que é mais que o exigido por lei. Precisa desmistificar isso”, afirma.
Segundo Catelani, a desmistificação de alguns pontos muito divulgados é “um trabalho que está sendo desenvolvido por esse governo, para mudar essa mentalidade e mostrar que um outro Brasil, o que protege o meio ambiente”, diz. E ataca ongs ambientalistas, chamando-as de “ecoterroristas”. “Elas ficam fazendo esse terrorismo com o nosso produtor rural. Com isso, há multas ambientais, que acabam indo para essas entidades que perseguem o agricultor. Isso cria uma cadeia de retroalimentação , onde eles denunciam, tem autuação e eles ficam com o dinheiro”.