A tecnologia transformou o modo como ensinamos e aprendemos. Já falamos disso nesta coluna. Essencialmente, mudou, de forma drástica, a transmissão do conhecimento, deixando para trás modelos tradicionais de ensino. Um desses exemplos é o protagonismo dos estudantes nesse processo todo. O professor não é mais o sabe-tudo da escola, mas um grande mediador do conhecimento. Situação que contribui para o surgimento do que chamamos de metodologias ativas de aprendizagem.
Isso significa que o aluno é o personagem principal do processo educacional. É ele quem se torna o responsável pelo próprio aprendizado, tomando um papel ativo na educação. E não mais passivo, como era outrora. Dessa forma, o estudante é estimulado o tempo todo a desenvolver sua capacidade de cognição, de absorção de conteúdo, sempre de maneira autônoma, participativa e protagonista.
Um desses modelos é a flipped classromm, ou a sala de aula invertida. Estamos falando de uma revolução no conceito do que se é transmitido dentro de uma sala de aula. Hoje, o professor passa o conteúdo e o aluno estuda em casa depois. Quando estuda, né? A inversão da sala de aula pressupõe que o estudante tenha acesso ao conteúdo anteriormente e estude tudo antes de ir para a escola. Quando chegar lá, o professor apenas vai tirar suas dúvidas, além de desenvolver atividades mais práticas para, enfim, aplicar o que aprendeu na teoria, fixando melhor o aprendizado.
Diferente? É o futuro bem próximo chegando. A partir daí existem dois tipos: a aprendizagem baseada em projetos (ABP) e a aprendizagem baseada em problemas (ABP). O primeiro tem como objetivo ajudar os alunos a encontrar soluções para os desafios que lhes são apresentados. Já o segundo tem como função torna-lo capaz de lidar com os problemas propostos, simulando situações motivadoras e do universo do trabalho.
Veja que estamos falando de mudanças comportamentais e estruturais, principalmente porque a tecnologia trouxe essas demandas, protagonizando os adolescentes e jovens e dando a eles o acesso a informações que antes não havia. As transformações do mundo exigem a transformação da educação.
Foto: Visual Hunt
Tiago Mariano

Formado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pós-graduado em Ensino e História. Atualmente ministra aulas no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé, no Colégio Maxi, em Londrina, e é coordenador pedagógico da startup londrinense EducaMaker. Em 2018, foi premiado pela Google for Education (2018) com o primeiro lugar nacional no Programa Boas Práticas pela criação de um método de formação de alunos de alta performance.