Não é de hoje que existe um grande abismo entre os currículos escolares, dos quais os professores são obrigados a cumprir em sala de aula, e o que, de fato, as pessoas necessitam aprender para viver em sociedade. Os avanços científicos e tecnológicos e a velocidade rápida da internet aceleram esse desajuste, que torna a escola um local desinteressante e maçante. É por isso que se faz necessário, nunca antes na história do mundo, de uma educação criativa, que possibilite aos estudantes enxergar a importância dos estudos.
Novas práticas ou velhas estratégias, vestidas com roupagens modernas, são fundamentais nesse processo de ensino e aprendizagem. O objetivo é diminuir a lacuna existente. Vejamos algumas: as educações artística e física são importantes ferramentas atrativas da atenção estudantil. Primeiro porque são legais. Segundo, porque estimulam habilidades diferentes daquelas que obrigam os estudantes a ficarem sentados na carteira durante quatro horas seguidas. Despertam criatividade, entre outras coisas.
Também não é segredo que um passeio cultural ou uma viagem pedagógica contribuem para aprofundar o aprendizado dos alunos. Da mesma forma que investir em modernizações de estrutura escolar, bem como disponibilizar recursos tecnológicos. Nesse caso, é preciso trazer para dentro da sala de aula aplicativos inteligentes e interativos, potencializando também o uso das redes sociais nesse aprendizado. Ademais, incentivar a leitura, a curiosidade e a criação de ideias, levando em conta todas as possibilidades, ajuda a transformar a escola num espaço em que os alunos querem estar.
Se assim for, o ambiente escolar vai propiciar, com mais eficácia, o desenvolvimento físico, sócia, emocional e cognitivo das crianças e adolescentes de hoje, que já nascem sabendo manusear um celular e aprendem de forma rápida. Cientificamente comprovada, a educação criativa pode contribuir para aumentar as chances do ingresso em um curso superior, a arrumar um bom emprego e a se tornar independente financeiramente dos pais.
Tiago Mariano

Formado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pós-graduado em Ensino e História. Atualmente ministra aulas no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé, no Colégio Maxi, em Londrina, e é coordenador pedagógico da startup londrinense EducaMaker. Em 2018, foi premiado pela Google for Education (2018) com o primeiro lugar nacional no Programa Boas Práticas pela criação de um método de formação de alunos de alta performance.
Foto: Google Arts & Culture