Plebe Rude, o punk rock de Brasília!

plebe-rude

Rogério Rigoni

Fala, meninas e meninos do ROCK!

Plebe Rude é uma banda de punk rock formada em Brasília em meados de 1981, surgida da “Turma da Colina” – integrada por outras bandas como Aborto Elétrico (que posteriormente deu origem Capital Inicial e Legião Urbana), Blitx 64, Metralhas e outras – numa época em que a censura proibia canções e vetava sua execução pública, por causa da ditadura.

O estilo da banda, repleto de críticas sociais e políticas, reflete toda a cultura da época, porém com uma preocupação maior nas composições e elaboração dos arranjos e melodias. Por estes fatores, é considerado uma mistura do rock com a influência inglesa e sua invasão oitentista do new wave

Seus temas apontam para as incertezas políticas do país desde os estertores da ditadura até a atualidade e para o comportamento do ser humano em meio às dificuldades da vida. Suas letras são repletas de críticas sociais, tais como “Até quando Esperar”, “Johnny vai à Guerra (outra vez)”, “Censura”, entre tantas outras.

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Atualmente, é formada por Philippe Seabra nos vocais e na guitarra, Clemente Nascimento também nos vocais e guitarra, André X no baixo e nos vocais e Marcelo Capucci na bateria.

A banda foi formada no início dos anos 1980 por Philippe Seabra, Gutje Woorthmann, André X Mueller e Jander “Ameba” Bilaphra, mais precisamente em 7 de julho de 1981, quando Philippe, André e Gutje escreveram a canção “Pressão Social”.

Os quatro integrantes tinham preferências diferentes dentro do gênero punk, mas estavam unidos pela admiração ao The Clash, inclusive eles fizeram covers da banda, sob o nome de Clash City Rockers.

Divulgação

Um marco importante foi quando Plebe Rude e Legião Urbana fizram um show num festival de rock em Patos de Minas, em 5 de setembro de 1982, primeiro show da recém formada Legião Urbana, abrindo para a Plebe Rude.

Após as apresentações, acabaram sendo presos por causa de suas letras, Plebe Rude por uma música chamada “Voto em Branco” e Legião Urbana pela “Música Urbana 2”, mas todos acabaram soltos após a polícia local ser informada por eles mesmos que eram de Brasília, temendo que fossem filhos de políticos.

Plebe Rude chamava muita atenção por onde passava. Tocaram em todas as danceterias importantes do eixo Rio-São Paulo e ainda no lendário Circo Voador. E uma destas apresentações no Circo Voador conheceram Herbert Vianna, que haviam “homenageado” na música “Minha Renda”. No princípio, o encontro entre os Plebeus e o Paralamas foi tenso.

Mas logo Herbert sacou todo o inteligente sarcasmo da Plebe Rude e a partir daquele momento tornou-se um dos que mais ajudaram a Plebe a estourar nacionalmente. Herbert se transformou no padrinho do primeiro disco da Plebe, recomendando a contratação deles para a EMI.

O Concreto já Rachou, primeiro disco da banda, foi lançado sob produção de Herbert e contou com sete faixas, tendo a participação de Fernanda Abreu na canção “Sexo e Karatê”, George Israel (Kid Abelha) tocou sax e Renato Russo se encarregou de fazer a release para a imprensa. Seu lançamento ocorreu em fevereiro de 1986, com duas apresentações da banda na boate Noites Cariocas, em 14 e 15 de fevereiro.

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Em 2003, Gutje e Jander Bilaphra deixam a banda. Plebe Rude Volta na forma definitiva com Clemente, que também integra a banda Inocentes, e Txotxa, que já havia integrado a banda Maskavo Roots. Marca a banda mais madura e queé ainda uma das grandes bandas do rock nacional.

Em 2006, com esta nova formação, lançaram o álbum independente intitulado R ao Contrário, lançado pela revista OutraCoisa, do Lobão. Com destaque para as músicas “O que seFaz”, “R ao Contrário” e “Vote em Branco”, música que inclusive foi tocada pela banda no show de Patos de Minas em 1982 junto a Legião Urbana.

Em 2009, a banda gravou de forma independente o CD Rachando o Concreto: Ao Vivo em Brasília, que concorreu ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro.

Em 2011, após o lançamento do DVD Rachando Concreto, o baterista Txotxa deixou a banda para ir tocar no Natiruts, ficando Marcelo Capucci no lugar. Ainda no mesmo ano, o álbum de estreia da banda (O Concreto já Rachou) é relançado dentro do box-set do documentário Rock Brasília juntamente com os álbuns de estreia do Capital Inicial e Legião Urbana.

Já em 2012, continuou a fazer shows da turnê do DVD, inclusive se apresentando no festival Lollapalooza Brasil, e no segundo semestre do ano começou a gravar material para um novo álbum de inéditas. Ao mesmo tempo, em conjunto com a produtora Pietá Filmes, a banda iniciou a produção do Plebe Ignara, que tentou ser financiado através da mobilização virtual dos fãs da banda, mas não teve êxito na empreitada.

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Além disso, a banda revelou a intenção de gravar um novo DVD ao lado da Orquestra Sinfônica de Brasília e um álbum infantil chamado Punkinho, que serei um álbum infantil no estilo punk.

Em março de 2014, banda finalizou seu sexto álbum de estúdio intitulado Nação Daltônica, lançado em novembro pelo selo Substancial Music, além de abrir os shows dos Guns N’ Roses.

Em 2019, é lançado o álbum Evolução – volume I, idealizado como uma ópera-rock. O primeiro single deste álbum foi a música “A Mesma Mensagem”.

Em 7 de julho de 2021, data do aniversário de 40 anos, lança o single “68” do álbum Evolução – vol. II. Em março de 2023, é lançado o álbum Evolução – volume II, que, junto da parte I, conta com 28 músicas sobre a evolução humana. Em 15/07, deve fazer show em Curitiba.

Uma ótima semana para vocês, escutem a Plebe Rude e…

BORA PRO ROCK!

Rogério Rigoni

“FALA, MENINAS E MENINOS DO ROCK”! Assim começa o programa o DNA Rock Brasil, pela radio web Antena Zero, de São Paulo! Sou um dos apresentadores e falo do que amo desde que me conheço por gente: música! E se for autoral, melhor ainda! E já que não tive uma banda, me realizo falando e escrevendo sobre rock and roll! Punk de alma e de coração, vivendo em paz ! E…BORA PRO ROCK!

Foto: Divulgação

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