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Lembranças…

Por Rogério Rigoni

Fala, meninas e meninos do Rock!

Quem curte e lembra do LP Pink Floyd, The Wall? E do Filme?!

Eu comecei a escutar esse disco com uns 12, 13 anos e ainda me lembro como eu pronunciava o nome, não sabia e não sei falar inglês, então para mim era mais ou menos assim: Pink Floyd “The marrau”.

Eu chegava na casa da minha tia para passar o final de semana e meus primos tinham o disco, então ia escutar o tal “The Marrau”.

 O engraçado é que ninguém pronunciava o nome do disco, eles só falavam: Vamos escutar Pink Floyd!

Eu viajava escutando The Wall, achava ele tão romântico, intenso, pesado e triste. Eu ficava pensando: que disco legal! Um álbum duplo, com uma capa que para mim era intrigante, pois ainda não sabia o nome do disco direito, nem sua tradução.

Isso durou um tempo até que, num belo sábado, estava eu e meu primo na sala e ele perguntou: Vamos escutar o que? Eu rapidamente falei: Pink Floyd The marrau! Meu primo: O QUE? Eu: The marrau! Meu primo: CÊ TA LOCO? Foi nessa que ele me falou como se pronunciava e qual era a tradução. Ele me explicou também do que se tratava o disco e me contou que, além do disco, tinha o filme. Eu fiquei super curioso a respeito do filme, queria assistir, mas como? Naquela época não existia fita VHS, só tinha o cinema e a TV.

Passaram alguns anos depois de saber mais sobre o disco, sua pronuncia e o filme. Até que num domingo de tarde, todo os primos e amigos reunidos na calçada, me chega o “Pomadinha” e fala: ” Passei na frente do cine Vila Rica e hoje a noite, seção única vai passar, Pink Floyd The Wall, o filme! ” Cara, como perder uma oportunidade dessa! Eu não quis nem saber e já fui falando: Se vocês forem eu não quero nem saber, vão me levar junto.

Claro que ninguém ali queria perder essa oportunidade e melhor, não precisava comprar ingresso, era de graça.

A noite todos subíamos a pé para o cinema, imagina aquela “renca”, devia ter umas 15 pessoas. Quando chegamos eu não acreditei, tinha muita gente para assistir ao filme, só não sabia se era por que o filme era foda ou porque era de graça, mas enfim… Só tinha um problema, o filme era para maior de 18 anos. Mesmo assim pensei: Eu vou assistir esse filme de qualquer jeito.

Cena do filme The Wall – Foto: Reprodução da internet

Quando abriu a bilheteria para pegar o ingresso, aquela multidão se aglomerou, não existia fila, de tanta gente que tinha naquele cinema. Conclusão, não teve jeito, eles abriram a catraca e foi uma correria só para dentro do cinema, eu me agachei na multidão e quando vi, estava lá dentro, bem na primeira fila, sentado no chão, de frente para a tela, que emoção, ia assistir o filme do Pink Floyd!

Quando começou eu não acreditei, eu ali sentado com meus 12, 13 anos assistindo Pink Floyd The Wall! Até as letras das músicas eram legendadas, imagina minha alegria, uma criança que não sabia nem pronunciar o nome do disco, agora estava ali, com tudo na minha mão.

Confesso que quando acabou o filme, eu não entendi certas coisas e tive que perguntar para meus primos que, na maior paciência, me explicaram.

Lógico que quando chegamos, fomos escutar o LP. Agora, além de saber pronunciar, eu sabia um pouco o que certas músicas do disco queriam dizer. Principalmente “Mother”, música essa que me deixava bastante melancólico e emocionado.

Foi simplesmente foda! Lógico que dei um jeito de comprar o disco para ouvir em casa e não só na casa dos meus primos e consegui.

Passaram-se muitos anos até que chegou a fita VHS e locadoras de filme começaram a abrir. Quando ganhei meu primeiro aparelho de DVD, eu e meu pai fomos fazer um cadastro na locadora para poder alugar os filmes para assistir em casa. Na prateleira seção músicas, lá estava o filme. Aluguei e assisti umas 10 vezes.

Sim, minha infância foi divertida e educativa, desde pequeno viciado e apaixonado por música e com sonhos realizados.

Essa é uma grande lembrança da infância que queria dividir com vocês, que também devem ser apaixonados por músicas e filmes. Ótima quarta-feira a todos e um ótimo resto de semana.

Bora relembrar!

BORA PRO ROCK!

Rogério Rigoni

Foi comerciante a vida toda, se rebelou e assumiu seu lado de escultor. A música que sempre foi sua paixão! Rock and roll na vida e na arte!

Foto: reprodução da Internet

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