Morte do sociólogo Domenico de Masi eterniza teoria do ócio criativo

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Por Fábio Luporini

Um dos mais respeitados e influentes pensadores do século XXI, Domenico de Masi morreu aos 85 anos. Autor da teoria do ócio criativo, seu pensamento ficará eternizado e cada vez mais atual numa sociedade moderna, capitalista e, agora, pós-pandêmica. Afinal, nunca fizeram tanto sentido suas ideias como na realidade do mundo do trabalho em que vivemos após a pandemia do coronavírus. O mundo perde uma de suas mentes mais brilhantes, mas, ao mesmo tempo, poderá acessar seu pensamento lúcido e preciso.

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A teoria do ócio criativo defendida por Domenico de Masi aponta que é preciso não apenas ter, mas valorizar os momentos de descanso e de lazer. Além de fazer bem para a saúde, isso faz bem para o cérebro e, consequentemente, para quem trabalha. Seja em funções criativas ou também em cargos mais burocráticos. Afinal, todo mundo trabalha melhor quando está com a cabeça descansada. É daí que vêm ideias, projetos e novas propostas para o trabalho.

Domenico de Masi: mudando o jeito de empresas tratarem os funcionários

Essa teoria do professor italiano, que era emérito da cadeira de Sociologia do Trabalho na Universidade La Sapienza, de Roma, influenciou gestores e líderes de grandes corporações, assim como arquitetos e projetos de arquitetura pelo mundo todo. A partir dessa teoria, grandes empresas implantaram salas de descompressão no ambiente de trabalho. E isso deixou de ser apenas a sala para tomar um cafezinho para ser uma sala com pufs de descanso, jogos de vídeo game e até sinuca. O importante é relaxar para poder produzir melhor.

A teoria do ócio criativo de Domenico de Masi influenciou grandes empresas a implantarem ambientes de descompressão no trabalho
Foto: Freepik

Domenico de Masi defendia que a mente descansada do ser humano potencializa sua criatividade. O ócio, portanto, não é algo ruim, mas, algo bom. Por isso, deve ser valorizado, inclusive no ambiente de trabalho. Ou seja, é preciso fazer nada de vez em quando, em alguns momentos do dia, navegar nas redes sociais, descansar, jogar conversa fora e entreter-se em algum jogo com os colegas de trabalho no próprio ambiente de trabalho. Há quem defenda que a sociedade pós-pandêmica está sufocando o ócio criativo com sua sede interminável de entregas e com a pressa de ser tudo para ontem. Ainda que seja assim, o ócio criativo nunca fez tanto sentido como hoje.

Fábio Luporini

Sou jornalista formado pela  Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina. Me siga no Instagram: @fabio_luporini

Foto: Freepik

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