Por Fábio Luporini
Reconhecimento e elogio são duas coisas que andam em falta no mundo contemporâneo. Ou, ao menos, sufocadas por críticas e fofocas que, por vezes, dominam as relações sociais, interpessoais e profissionais. Seja em casa, na família, no trabalho ou nos eventos sociais que frequentamos, na maioria das vezes, deixamos escapar por nossos lábios falas preconceituosas, críticas destrutivas e fofocas que em nada contribuem para o engrandecimento das pessoas. Em vez disso, deveríamos exercitar mais a prática do reconhecimento e do elogio.
Científica e racionalmente, já está comprovado que a prática do elogio ajuda as pessoas dando motivação, seja no ambiente pessoal ou profissional; potencializa e melhora a autoestima, principalmente em atividades ou talentos que ainda estão em desenvolvimento; contribui para estimular bons desempenhos, não importa se sejam de atividades laborais ou de atividades mais lúdicas; e interfere diretamente na performance das pessoas, melhorando resultados. Sem contar que é um fato importante na empatia uns dos outros, transformando ambientes hostis em lugares de convívio social saudável.
Dessa maneira, elogiar de forma sincera é um excelente ingrediente para melhorar a nossa relação com as pessoas e o ambiente em que vivemos. Mais que isso, é peça fundamental no desenvolvimento da sociedade. E, nesse sentido, é preciso também entender e compreender a importância de elogiar a si próprio. Sim, porque estamos muito acostumados a uma autocrítica severa conosco mesmos ao passo que, se soubermos reconhecer nossos esforços, elogiar nossos resultados e valorizar nosso percurso, temos grandes chances de estarmos motivados para desenvolver nossas atividades.
Só que elogiar mais e criticar menos passa por uma grande mudança de visão que nós temos sobre os outros e sobre nós mesmos. É um processo, uma nova maneira de enxergar a realidade. E é aí que entra a filosofia, contribuindo para que possamos estar abertos a enxergar o mundo de outra maneira. A filosofia nos ajuda a ver além das aparências, a encontrar um mundo totalmente diferente do que nossos olhos estão acostumados.
Fábio Luporini
Sou jornalista formado pela Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina. Me siga no Instagram – @fabio_luporini
