Por Marcelo Minka
Mês das festas juninas, friozinho pós-feriado e apenas uma estreia nos cinemas que é quase relevante, os demais filmes em exibição já tiveram texto nesta coluna, ou a maioria deles.
Transformers: O Despertar das Feras é o sétimo filme da franquia, e haja criatividade para sete filmes de carros que se transformam em robôs. Talvez por isso foram acrescentados nesta trama feras robôs, macacos, guepardos e por aí vai. A grande novidade é que Michael Bay não está na direção, significando que não teremos explosões mesmo antes do filme começar, com mísseis saindo por trás da logomarca da produtora.
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Mesmo assim, Bay deixou tão profundamente sua marca nos Transformers anteriores que podemos ver claramente sua influência na direção de Steven Caple Jr. (Creed II), cenas de ação com muita velocidade, cortes abruptos e explosões estratosféricas. As cenas são boas, mas tão rápidas que às vezes nos perdemos nos detalhes, e tão longas que às vezes também cansam.
Os eventos deste Transformers ocorrem em 1994, sequência de Bumblebee (2018). Os Autobots, liderados por Optimus Prime (pra variar) se reúnem para combater um super vilão (pra variar mais). Ironias à parte, temos mais do mesmo, a novidade são os Predacons (répteis, anfíbios e invertebrados robôs) e os Maximals (gorila, leopardo, águia e rinoceronte), e é só isso, o resto é pancadaria.
Apesar da falta de originalidade, a mesmice das cenas de ação e a bizarrice dos animais-robôs, o filme é o mais interessante da série. O roteiro é o mais enxuto possível, tem duas horas de duração e os efeitos especiais continuam impactantes, apesar da estética a lá Bay gritar na tela a cada dez minutos. Dava ainda pra enxugar uns 15 minutos de filme cortando os monólogos de Optimus Prime, monólogos idênticos a palestras motivacionais de coach de terceira (meu sobrinho de cinco anos tem frases motivacionais melhores).
Bem, vamos resumir da seguinte forma; Transformers é um blockbuster que sabe pra que veio, fazer bilheteria ($$$$), roteiro raso, pancadaria e final previsível. Se você gosta, vale super a pena o preço.
Já estou visualizando o oitavo filme da franquia; os Autobots, liderados pelo coach Optimus Prime, se reúnem para combater o ChatGPT que se transformou em um robô gigante e tenta dominar o mundo.

Marcelo Minka
Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.
Foto: Divulgação