Toy Story 4 multiplica o universo dos brinquedos

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Quase 10 anos depois de Toy Story 3, chega às telonas o aguardado Toy Story 4. Sem se preocupar em ser uma continuação do seu predecessor, a animação conta com as vozes de Tom Hanks (Woody), Tim Allen (Buzz Lightyear) e Joan Cuzack (Jessie).

Dirigido por Josh Cooley, o filme diverte e emociona adultos e crianças na medida certa, enquanto aborda de assuntos tais como perdas emocionais, abandono e saudade. E o simples e maravilhoso roteiro de Stephany Folsom, como nos outros filmes da franquia, vai fazer muita gente chorar.

Com seu lema: “Eu não deixo nenhum brinquedo para trás!”, Woody inicia o filme com uma cena de resgate de um brinquedo em perigo. A narrativa toda apresenta várias cenas de ação, perseguição e resgate em seus 100 minutos. A animação lembra bastante o “Procurando Dory” (também da Pixar), estruturando as sequências a partir de esquetes de ação, e a inclusão de novos personagens como o Garfinho, Coelhinho e Patinho, deixam o humor mais ácido, sem deixar de ser infantil.

Os aspectos técnicos são primorosos: iluminação, textura dos personagens, o neon do parque de diversões, a chuva, o brilho das porcelanas, proporcionando cenas lindíssimas. Ainda que em papéis menores, foi acrescentado ao elenco uma mulher forte e destemida (pastora), um boneco com traços hispânicos e uma garotinha negra, todos cumprindo o discurso de inclusão.

Para a Disney, esta quarta animação multiplica o universo dos brinquedos, acrescentando mais personagens, cenários e mais possibilidades no argumento. Nos últimos dez minutos, a narrativa apresenta uma ruptura em sua estrutura, possibilitando novos rumos para os próximos filmes e spin-offs.

Trama introspectiva e densa tratada com leveza. Vá ao cinema e se delicie com os diálogos entre Woody e Garfinho, com Buzz Lightyear procurando sua voz interior, com a autoestima quebrada de Gabby Gabby… Imperdível.

Foto: Divulgação

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas

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