Por Marcelo Minka
Tenho uma leve impressão de que estamos bem próximos do fim do mundo, mas não nos preocupemos, vamos continuar na labuta. Vamos ao lançamentos das telonas.
O Tarô da Morte
O Tarô da Morte, dirigido por Spenser Cohen e Anna Halberg, chegou aos cinemas este mês prometendo uma dose de terror sobrenatural com um toque de misticismo. Mas será que o filme entrega o que promete?
A história gira em torno de um grupo de amigos universitários que, em busca de emoções fortes, decidem realizar uma leitura de tarô. Ignorando as regras, eles usam um baralho antigo e misterioso, liberando assim uma entidade maligna que os condena à morte. A partir daí, os jovens precisam lutar contra o tempo para escapar de seus destinos fatais, enquanto desvendam os segredos obscuros por trás do baralho amaldiçoado.

O filme se apresenta como um slasher tradicional, seguindo fórmulas já batidas do gênero. Temos um grupo de personagens estereotipados, mortes criativas (mas nem sempre originais) e sustos previsíveis. A trama é simples e direta, sem grandes surpresas ou reviravoltas inesperadas.
Um dos pontos fortes do filme é a estética. A fotografia é bem trabalhada, criando uma atmosfera sombria e imersiva. As locações, como a casa antiga onde os amigos se reúnem, também contribuem para o clima de suspense.
No entanto, o roteiro deixa a desejar. Os diálogos são fracos e clichês, não explorando a fundo a psique dos personagens nem desenvolvendo seus relacionamentos. A mitologia do tarô também é pouco explorada, ficando apenas na superfície e perdendo a oportunidade de criar algo mais rico e instigante.
As atuações são medianas. O elenco jovem se esforça, mas os personagens são unidimensionais e pouco cativantes. Jacob Batalon, conhecido por seu papel como Ned Leeds nos filmes do Homem-Aranha, é o único que se destaca um pouco, mas ainda assim não consegue salvar o filme.
O Tarô da Morte é um filme mediano que, apesar de ter alguns elementos positivos como a estética e algumas mortes criativas, não consegue se destacar no gênero. A história é genérica, os personagens são fracos e o roteiro desperdiça o potencial da temática do tarô. Se você procura um terror adolescente despretensioso para se divertir sem compromisso, O Tarô da Morte pode até entreter.
Fotos: Divulgação/Sony Pictures
Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry
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