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Meu nome é Gal: para os fãs de um bom filme

Por Marcelo Minka

Tenho que agradecer aos meus tios por parte de mãe a diversidade musical que inundou minha infância. Um gostava de Heavy Metal, outro de Bob Dylan, outra de Gal Costa e Mercedes Sosa, e outro ainda de Pink Floyd, e por aí vai. Dentro deste contexto, como lançamento relevante da semana temos o filme biográfico Meu Nome é Gal, produção brasileira dirigida por Lô Politi (Sol – 2021) e Dandara Ferreira (O Nome dela é Gal – 2017). O filme conta a história da cantora Gal Costa desde sua infância no interior da Bahia até o início da Tropicália, movimento musical que ela ajudou a popularizar.

A narrativa é um retrato sincero e emocionante da vida e da carreira da artista. Sophie Charlotte interpreta a cantora com maestria, capturando sua voz incomparável e sua presença magnética. As diretoras Lô Politi e Dandara Ferreira fizeram um excelente trabalho de pesquisa, recriando com precisão a época e a atmosfera da Tropicália, importante movimento cultural brasileiro da segunda metade dos anos 1960.

O filme é dividido em duas partes: a primeira, “Infância”, mostra a infância de Gal Costa em Salvador, Bahia. Gal é uma criança tímida e introspectiva, mas com um talento musical inato. Ela cresce ouvindo os clássicos do cancioneiro brasileiro e sonha em se tornar uma cantora.

A segunda parte, “Tropicália”, mostra o início da carreira de Gal Costa. Ela conhece Caetano Veloso e Gilberto Gil, e juntos eles dão início à Tropicália, movimento musical revolucionário que combina elementos da música brasileira tradicional com influências da música estrangeira.

Meu nome é Gal faz reconstrução histórica

O filme é interessante em todos os aspectos, desde a atuação impecável de Sophie Charlotte, passando pela direção sensível, e culminando na trilha musical excelente. Partindo deste ponto, devemos considerar alguns pontos importantes sobre a produção:

  • O papel da música como um elemento essencial do filme, tanto na narrativa quanto na representação da personagem de Gal Costa. As músicas são usadas para contar sua história, expressar suas emoções e definir sua personalidade. Trilha sonora impecável, que inclui clássicos da carreira de Gal, como “Baby”, “Divino Maravilhoso” e “Tropicália”.
O filme Meu nome é Gal faz uma reconstrução de época interessante e traz uma trilha sonora impecável
Divulgação
  • A representação da época: O filme retrata o Brasil dos anos 1960 e 1970, uma época de grandes transformações políticas e culturais. A ditadura militar, a repressão aos movimentos sociais e a censura à arte são temas abordados no filme, que apresenta uma visão crítica da época. Indispensável à geração reboladinha no TikTok.
  • A importância da Tropicália: A Tropicália é um movimento musical e cultural que revolucionou a música brasileira. O filme mostra a importância da Tropicália para a carreira de Gal Costa, que foi uma das principais vozes do movimento, assim como para a música brasileira em sua vasta gama.

Imperdível para os fãs de Gal e para os fãs de um bom filme.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry

Foto: Divulgação

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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