Depois do fiasco ‘Falcão e o Soldado Invernal’, a Marvel acerta novamente com ‘Loki e coloca suas spin-off à altura de ‘WandaVision’.
Em seu terceiro episódio no streaming Disney +, o famoso vilão Loki, o deus da trapaça, se encontra em uma trama após os eventos de Vingadores: Ultimato. Tom Hiddleston incorpora um Loki ainda mais charmoso, trapaceiro e bissexual, que consegue viajar no tempo para conseguir chegar a Midgard. Na jornada, enfrenta perigos de todos os tipos e acaba interferindo em momentos importantes da história da humanidade, colocando em risco a estrutura do universo.
Apesar de Hiddleston ser um dos maiores nomes da franquia no momento, conceder a um vilão uma série própria é um risco grande. Mas, mais uma vez a Marvel acerta em cheio, em todos os episódios continua seu padrão narrativo, equilibrando momentos de comédia sutil com cenas empolgantes, efeitos visuais de cair o queixo e um ótimo roteiro, tirando proveito do charme sedutor do ator.
Outro nome que não pode passar em branco é o de Owen Wilson (Marley e Eu – 2008), mundialmente conhecido por sua veia cômica. O ator rouba todas as cenas em que se faz presente, em uma simbiose perfeita com Hiddleston, deixando diálogos sobre ‘ser’ e ‘tempo’ divertidos e leves.
Com este spin-off, fica evidente que há espaço e necessidade para narrativas experimentais para um grande público já cansado de ‘mais do mesmo’, especialmente quando o foco são super-heróis. Equilibrando elementos de comedia, ação vertiginosa e ficção científica, a diretora Kate Herron (Smear – 2017) retira Loki da periferia narrativa e o coloca no centro dos holofotes.
E, de repente, começamos a ver o vilão com outros olhos, um vilão mais humano, meio deus, mas gente como a gente. Apesar de todas as reviravoltas narrativas e conceituais apresentadas pela série, provavelmente a mais empolgante seja o mergulho no personagem central, escancarando seu melhor e seu pior em uma delirante viagem no tempo.
Prepare-se para se apaixonar pelo vilão.
Marcelo Minka
Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.
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