Por Marcelo Minka
Estreou esta semana o aguardado (pelos fãs infanto-juvenis da franquia) prequel de Jogos Vorazes, quase dez anos após o lançamento do último filme, “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 2” (2015). Temos agora nos cinemas o “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”, baseado no livro derivado da saga, escrito por Suzanne Collins.
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O longa tem direção de Francis Lawrence (Constantine – 2005) e elenco composto por Rachel Zagler (Shazam – 2019), Hunter Schafer (Euphoria – 2019), Tom Blyth (Benediction – 2021), Pinter Dinklage (Game of Thrones – 2011 a 2019), Viola Davis (A Mulher Rei – 2022), entre outros. Apesar do nome pomposo, a trama não conta com o carisma de Jennifer Lawrence.
O filme conta a história do personagem Coriolanus Snow, o futuro presidente tirânico de Panem, quando ele ainda era um jovem mentor dos Jogos Vorazes. Apesar de conseguir quase capturar a essência da franquia original, a história não é envolvente e emocionante, e os personagens não são bem desenvolvidos. Tom Blyth e Rachel Zegler estão bons nos papéis de Coriolanus Snow e Lucy Gray Baird, respectivamente, mas o restante do elenco brilha tanto quanto uma purpurina no asfalto.
Jogos Vorazes: expectativa alta para a produtora
As expectativas da produtora responsável, Lionsgate, são altas. Após o último Jogos Vorazes (2015), foi fracasso seguido de fracasso. Este filme seria uma chance da produtora se alavancar novamente com grandes blockbusters. Mas tem que se considerar que os tempos são outros, pós-pandêmicos. Jogos Vorazes não é mais culturalmente relevante, e também não temos a presença de ms. Lawrence.
E além de tudo isso o filme é visualmente fraco, em tempos de inteligência artificial pra todos os lados, meu sobrinho de 5 anos faz efeitos visuais melhores que os do filme (exagerei).
O roteiro é previsível em vários momentos e o ritmo é um pouco irregular. Além disso, o filme não aprofunda muito a história de Panem ou do surgimento dos Jogos Vorazes, ou seja, as fichas todas ficam apostadas no visual do filme (não se esqueça do meu sobrinho).
Se você estiver sem ar condicionado, vá ao shopping passear, mas passe longe do cinema.
Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry
Fotos: Divulgação
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