Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, divertido e direto

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Por Marcelo Minka

Aqui entramos na fase 5 do multiverso MCU, a quantumania, com o Homem Formiga e a Vespa. Mas vamos por partes e a primeira delas é que, sem dúvidas, este filme não chega aos pés de Avengers, quer no roteiro, quer no “visu”. Mas ao mesmo tempo cumpre o que promete, um filme divertido e direto, puro entretenimento. Enfim, um filme imperdível para os fãs da Marvel e seus heróis, mas também interessante o suficiente para espectadores que caíram de paraquedas e não sabem onde estão.

Outra parte a ser considerada na produção é a presença do excelente Jonathan Majors (Lovecraft Country – HBO 2020) na pele do vilão Kang. Este, aliás, o próximo grande vilão do MCU, sucessor de Thanos. E se tem algo que é irrefutável na produção é a escolha do elenco. Além de Majors, temos também o astro formiga interpretado pelo ruinzinho, mas carismático e gato Paul Rudd, dominando de certa forma uma dança entre drama e comédia, Michael Douglas (Instinto Selvagem – 1992) na pele de Hank e Michelle Pfeiffer (Mentes Perigosas – 1995) interpretando Janet. O time segura com facilidade as partes mais fracas da trama.

E já que estamos falando em partes fracas do roteiro, Homem-Formiga e a Vespa deixa de escanteio a… Vespa. Sim, uma das personagens principais do filme se tornou uma participação especial com poucos minutos de aparição. Jeff Loveness, o roteirista em questão, teve dificuldades em administrar a enorme quantidade de personagens e acontecimentos que se propõe a mostrar. Loveness preferiu focar na relação do Homem-Formiga e seu par romântico, afinal, isto dá bilheteria. Ele também tem que mostrar como Kang representa uma ameaça para o multiverso e desta forma a Vespa só fica no título mesmo, sem espaço.

De qualquer maneira, gostando ou não da exploração deste arco emocional, uma coisa não podemos negar, ele abre espaço para uma ficção científica pra lá de doida. Afinal, estamos adentrando ao reino quântico; design visual criativo com cenários multifacetados e figurinos incríveis. Temos até uma “tempestade de probabilidades” onde uma multidão de Homens-Formiga que não se simpatizam e têm que colaborar mutuamente. Enfim, alucinações que não precisam de Walter White.

Como dissemos, não dá pra comparar a produção com um Avengers, mas Homem-Formiga e a Vespa (sem Vespa) apesar dos pesares, supera as expectativas e proporciona uma diversão, como a leitura de um bom gibi. E não deixe de ver as duas cenas pós-créditos, valem muito a pena.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.

Foto: Divulgação

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