Por Marcelo Minka
Manhã iluminada com friozinho bom na fazendinha, estreando nos cinemas o novo filme do aracnídeo. Não podemos negar que o primeiro filme do Aranhaverso é muito bom, tanto em trama quanto em técnica e estilo de animação, com sequências de ação de tirar o fôlego. Neste segundo filme tem tudo isso e mais um pouco.
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Temos cenas de ação hipnóticas, um visual estonteante de belo e uma narrativa com incontáveis homens-aranha ou homem-aranhas (nem sei o plural desta palavra). E além de todas essas versões animadas temos também a versão live-action-aracnídeo, criando conexões com os eventos do longa original e nos apresentando uma explosão sensorial.
Os diretores Joaquim Dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson estão de parabéns, apesar dos infindáveis personagens conseguiram manter a coesão da trama, sem perder de vista os personagens principais e os coadjuvantes quase o filme todo. Os diretores de arte também não se perdem nas diferentes técnicas de animação, que vão de rabiscos que dão vida ao Punk-Aranha a complexas técnicas de animação. Está quase tudo coeso, do primeiro ao último frame.
E neste ponto temos o único problema do filme, sua duração. A narrativa se desenvolve num crescendo e tem um ponto máximo que acontece antes do seu final. Depois deste ponto a trama pega uma via marginal, não entendi muito bem o porquê disto, talvez porque seja modinha filmes com mais de duas horas de duração.
Mesmo assim o filme é divertidíssimo, com ótimo roteiro e visual incrível. Vale o preço do ingresso.

Marcelo Minka
Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.