Por Marcelo Minka
Julho de 2022 em seus últimos suspiros e já estamos pra lá da metade do ano. A sensação é de que, quanto mais velho fico, mais rápido o tempo passa. E neste último fim de semana do mês temos zero lançamentos interessantes no cinema, zero, pelo menos para os adultos.
O único lançamento relevante é para os pequenos, DC Liga dos Superpets. Todos sabemos o que iremos assistir quando o assunto são os super-heróis: vilão ameaça a cidade ou o planeta e temos os super-heróis para nos salvar. Fórmula desgastada, mas infalível, clichê em cima de clichê. E a animação DC Liga dos Superpets segue por um caminho alternativo e funcional, faz uso desses clichês para fazer rir. Uma animação repleta de piadas infantis, já que este é seu público, mas que pode agradar aos adultos.
Na trama, o cão Krypto leva uma vida feliz com seu dono, o Superman, mas fica com ciúmes da sua namorada Louis Lane. Mesmo assim ele tem que se unir a um grupo de outros animais com super poderes para salvar seu dono da vilã Lulu, uma porquinha da índia maligna. Roteiro divertidamente surreal.
Para os adultos, e para quem gosta do gênero terror, temos O Telefone Preto, lançado a algum tempo, mas ainda em cartaz nos cinemas do Shopping Aurora. Dirigido por Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose – 2005) e baseado em um conto de Joe Hill (filho de Stephen King), o filme é estrelado por Ethan Hawke (A Entidade – 2012) e se passa em 1978, quando os irritantes telefones ainda eram de discar.
A trama se passa em Denver, cidade dos Estados Unidos, onde uma série de sequestros começam a acontecer. Ethan Hawke, aqui sequestrador e serial killer, rapta crianças de seu bairro e as mantêm em cativeiro em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto. E toda a vez que o telefone preto toca, a vítima que está no porão consegue ouvir a voz das vitimas anteriores.
Derrickson foge da desgastada fórmula hollywoodiana de fazer o espectador pular de susto da poltrona, criando um climão de tensão e claustrofobia que cresce minuto a minuto. Outro ponto positivo para Derrickson é que ele apresenta e aprofunda os personagens, fazendo o público criar empatia por eles. Para quem gosta do gênero.

Marcelo Minka
Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.
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