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Cruella – Mais uma adaptação da Disney, mas uma excelente adaptação

Navegando pela internet, meses atrás, vi o anúncio do remake de 101 Dálmatas. Deu arrepio na coluna e logo um pensamento brotou: “mais uma porcaria com o único propósito do estúdio ganhar milhões”. Ledo engano, o filme é incrivelmente divertido.

Cruella De Vil é um personagem do livro 101 Dálmatas, criado por Dodie Smith em 1956. O Estúdio Disney já fez um longa-metragem animado em 1961 e uma adaptação live-action em 1996. No livro e nas suas adaptações, Cruella sempre sequestra filhotes de dálmatas para usar suas peles em um casaco.

Nesta versão de 2021, o Estúdio Disney revira o roteiro ao avesso. Desta vez os dálmatas e o casaco saem do centro das atenções e apesar de subverter a personalidade de Cruella para que esta conquiste o grande público, assim como fez com a personagem Malévola ($$$$), a trama é inteligente e nos agarra desde o início. Nas mãos do diretor Craig Gillespie (Eu, Tonya – 2017), esta é a melhor releitura de um clássico em live-action que a sra. Disney já criou.

A escolha de Emma Stone (La La Land – 2016) é perfeita. Aliás, todo o elenco tem forte carisma e realça ainda mais a interpretação icônica de Stone: Emma Thompson (Razão e Sensibilidade – 1995) incorpora a excêntrica e impiedosa Baronesa, Joel Fry (Yesterday – 2019) interpreta o ladrão bondoso e sensato Gaspar, Paul Walter Hauser (Eu, Tonya – 2017) interpreta o ladrão gordinho, simpático e atrapalhado Horácio. Kirby Howell-Baptiste (Por que as Mulheres Matam – 2019 a 2021) e Mark Strong (Kingsman: O Círculo Dourado – 2017) aparecem pouco, infelizmente, mas garantem ótimos easter eggs da animação original.

Imagine uma mistura do reality Ru Paul’s Drag Race com os filmes fofinhos da Disney, isto é mais ou menos Cruella. Os vestidos criados pela designer Jenny Beavan (Mad Max: Estrada da Fúria – 2015) são criativos e divertidos por si só. Carregando uma estética Punk marcante dos anos 1970, Beavan acerta em cheio nas suas criações, ajudando a contar a história de transgressão e de quebra de padrões presente na trama toda.

Outro ponto forte é a trilha sonora: prepare-se para ouvir hits de Supertramp, Bee Gees, The Clash, Queen e muitos outros, dando ênfase tanto nas cenas de diálogo como nas cenas de perseguição.

Cruella De Vil, fantasia Pop Rock do mundo da moda, divertido e ousado. Não perca.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.

Foto: Divulgação

1 comentário

  1. Gostei muito desse filme. Glenn Close foi perfeita.
    Emma Stone é ótima também.
    Maryl Streep ficaria perfeita no papel.
    Grandes atrizes.
    Adoroooo filme, cinema.
    Tem muita gente Cruela de Vil por aí. Não gostam dos animais.

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