Army of the Dead: Invasão em Las Vegas – Um filme com baldes de sangue, visual brega e muita diversão

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Zapeando, você inocentemente começa a assistir ao filme, vendo grandes explosões, tomadas de ação longas, muitas mortes, rios de sangue, e percebe que a trama tem mais de duas horas. É claro que a primeira coisa que pensamos é que se trata de um filme novo (ou velho, todos são iguais) de Michael Bay. Mas não, estamos assistindo ao novo filme de Zack Snyder (Liga da Justiça – 2017).

Automaticamente associamos Snyder ao universo dos quadrinhos, afinal, o cineasta está há 15 anos envolvido em projetos do gênero: 300, O Homem de Aço, Batman versus Superman, Mulher Maravilha, e por aí vai uma lista gigantesca. Mas devemos nos lembrar que o diretor iniciou sua carreira com o filme de terror Madrugada dos Mortos, em 2004, um remake bem antigo de George Romero (A Noite dos Mortos – 1968). Podemos considerar que em Army of the Dead Snyder dá um descanso para os super-heróis e volta às origens cinematográficas.

A produção foi bancada pela poderosa Netflix que estava com a ideia engavetada desde 2000. Na trama, os cidadãos de Las Vegas sofrem uma infecção zumbi após um erro de segurança da Área 51. O exercito age rápido e levanta muros, sitiando a cidade toda e salvando a humanidade. Dentro deste balaio todo, com baldes de sangue e muita breguice, ainda temos uma tentativa de assalto a um cassino dentro da cidade sitiada.

No elenco, o ator Dave Bautista (Guardiões da Galáxia – 2014) está muito bem no seu personagem Scott, cercado por coadjuvantes que também se destacam: Nora Arnezeder (Zoo – 2015 a 2017), Ella Purnell (O Lar das Crianças Peculiares – 2016), Ana de La Reguera (The Forever Purge – 2021) e muitos outros.

Não espere nada de inédito, afinal, este subgênero de terror focado em zumbis já foi explorado em outras produções até a exaustão, de ótimas a péssimas, entre as décadas de 1980 e 2010, não esquecendo que ainda suspira The Walking Dead na tela da TV. Mas não é que, surpreendentemente, o longa-metragem funciona? Bons personagens em um universo muito bem construído. Snyder faz leves misturas na trama com alguns outros subgêneros do terror, como alienígenas e apocalipse e isso faz a diferença e garante a diversão. O que incomoda são os desnecessários 150 minutos que poderiam ser um pouco mais enxutos. Mas é um filme de Snyder.

Resumindo, um bom filme sobre assalto, um bom filme sobre zumbis. Mais que suficiente pra um fim de semana chuvoso. Fique em casa.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.

Foto: Divulgação

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