Por Ângela Diana
E aí, pessoal? Hoje, a coluna traz uma designer muito importante e vou falar para vocês! Ela fez peças muito atuais! Isso nos anos 1940 e 1950!
Miriam Haskell nasceu em Tell City, Indiana (EUA), em primeiro de julho 1899 e faleceu em 14 de julho de 1981. Miriam tinha um parceiro criativo chamado Frank Hess, aliás existem peças em que os colecionadores têm dificuldade de reconhecer se o desenho foi de um ou outro, tal o sucesso da parceria entre os dois!
Ela desenhava e fabricava peças ou, como chamavam, “joias acessíveis”. Filha de pais imigrantes judeus russos, ela estudou na Universidade de Chicago. Suas raízes ajudam a explicar o enorme talento de Haskell (deem uma olhada nas grandes joalherias e em quem faz os bordados como joias! Mas, isso fica para próxima coluna!). A primeira expo e loja foi no Mc Alpin Hotel em Nova Iorque (Haskell chegou na cidade com US$500 no bolso, em 1924!). Depois veio a segunda loja na West 57th Street em NY.
Em 1930, Haskell sai da sociedade, mas Hess continuou criando para ela também. Eles iam para Wattens, Viena, sede da fábrica de Daniel Swarosky (conhecem esse nome?), Gablonz, em Veneza (fabricantes de peças de vidro) e Paris, buscar materiais. A empresa cresceu e abriu lojas na Fifth Avenue, na Burdine’s, em Miami e Londres e mudou-se depois para a 392 Fifth Avenue em NY. A loja Saks, que também oferece peças Chanel, começou a vender as peças dela.
Suas obras eram popularíssimas em campanhas publicitárias, atrizes de Hollywood como Lucille Ball, Joan Crawford (que comecei a detestar depois que assisti “Mamãezinha Querida”), milionários e a nobreza também estavam entre sua clientela, como a Duquesa de Windsor e Gloria Vanderbilt. Pena que ela só começou a assinar suas peças em plaquinhas à partir de 1950, essas peças são raríssimas.
Algumas aquarelas feitas para publicidade por Larry Austin e várias peças dela foram encontradas em velhos baús comprados por um comerciante (ah, como eu queria ser ele!)!
O final de Haskell foi triste… Apesar de toda ajuda humanitária que ela fez, mandando caminhões de socorro para New Albany, durante um enorme desastre, e doando dinheiro generosamente para o esforço da segunda guerra. Ela pediu a Hess que desenhasse peças patrióticas e com materiais naturais e plástico (baquelite, com certeza!) que, aliás, serviu de gatilho para sua instabilidade mental, fazendo com que seus irmãos tirassem o controle das lojas e da fábrica em 1950. Mudou-se para casa de sua mãe, aonde viveu 20 anos, cada vez mais errática, e ficou aos cuidados de seu sobrinho Malcolm Dubin, de 1977 a 1981, quando faleceu, com mal de Alzheimer. A família vendeu seus arquivos e amostras para pagar os custos da casa de repouso.
Fiz uma pequena pesquisa para saber sobre a empresa, mas só encontrei suas peças para colecionadores. Acredito que a empresa tenha fechado, mas assim que achar uma informação correta, passo aqui para vocês! Se alguém encontrar, me mandem!
Lembrem-se! Joias , bijuterias, muitas vezes são obras de arte! Logo, vocês poderão conferir isso! Mas é surpresa!
Bom final de semana!
Ângela Diana
Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos.