Série Mulheres Artistas: Luanda Soares

Por Angela Diana

 E, como prometido, a primeira coluna do ano tem o trabalho incrível da Luanda Soares! Ela nasceu em 25 de setembro de 1980, em Santos (SP). Luanda vem da indústria da moda e, como ela mesma me falou, “da grande explosão dos anos 2000, em que o o mundo da moda explorava a mão de obra barata no Brás e no Bom Retiro”.

Influenciada mais que demais pelo movimento punk, feminista, suas obras para a música autoral da cena independente são importantíssimas! Capas de Eps, cds, camisetas entre outras ilustrações e projetos, destacando a capa do último álbum da banda “Ódio Social” , a capa da banda das “Ratas Rabiosas” e o projeto feito pela lei de incentivo “Útero Punk,” de 2014!

Vocês imaginam como é difícil ter uma mulher fazendo esse tipo de ilustração? Aonde o social está inteiramente inserido e passar toda a mensagem necessária em uma capa? Extremamente ativa, com um trabalho crítico, ela ainda comanda o Studio Junkie que, além de prestar os serviços de design transformando desenhos em vetor, fotolito, comunicação social, gigantografia, estamparia, adesivos e impressos, ainda sobra fôlego para criar toda a identidade visual de festivais como o “Festival Muau”, do Vale do Paraíba. Além de criar, ela desenvolve os desenhos que as bandas levam para ela, desenvolvendo toda a estrutura visual que a banda precisa! Gente! Não sei o que é mais difícil! Criar tudo ou desenvolver o projeto com o desenho de outra pessoa!

Como sempre escrevo para vocês: é bem melhor quando o artista é nossa contemporânea (ou contemporâneo), porque temos a chance de conversar e saber mais sobre seu trabalho in loco! Vai aí então, alguns endereços para conhecer melhor o trabalho dessa artista sensacional e antenadíssima: @luandasoaresilustra, @studiojunkielu ou www.junkielu.com.br. Adoraria falar muito mais da obra dela, mas vocês encontrarão tudinho em imagens no nosso guru Google e nos endereços do Insta!

Fazer ilustração é uma das coisas mais difíceis no mundo da arte! Passar por imagens toda uma mensagem que uma outra pessoa escreve ou canta demanda muita observação, perspicácia e empatia! Além, de claro, várias técnicas   manuais, digitais, estudo da imagem e por ai vai… O Ro, na coluna de Rock, inclusive já falou das Ratas Rabiosas e outras bandas que a Luanda já fez trabalhos, vale a pena conhecer as bandas e a cena independente. Em matéria artística é de dar orgulho! Além de todos esses artistas trabalharem todos com autorais, mesmo em plena pandemia conseguiram formas de agitar a cena, dando uma enorme força para toda a classe! Artistas plásticos, músicos, dançarinos… Enfim, muito grata por ter e estar conhecendo de perto o trabalho de muita gente boa!

Existe uma enorme luz no final do túnel, pessoal! E, falando nisso, colaborem com o nosso querido jornal! No catarse.me/olondrinense

Frutífero 2022 pra todos e todas!

Angela Diana

Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos.