Processo de criação

arthur-bispo-do-rosario

Por Ângela Diana

Bom dia! Céu azul e eu no “limbo”, gente!

Processo de criação à toda ou um começo bem dificil! Isso é produção.

É sempre complicado quando se fica muito tempo sem pintar ou desenhar, parece que perdemos o “feeling”, a mão não obedece a mente!

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Dá aquele desespero, tipo: “Meu Deussss e agora! Eu não sei mais fazer nada!”

Pergunte para qualquer artista, de qualquer área, se não é assim!

Mas é como andar de bicicleta! O que foi aprendido ou apreendido NUNCA FICA ESQUECIDO .

A não ser se aparecem problemas! E a coluna de hoje é sobre isso: esquecimentos, Alzheimer, mal de Parkinson, esclerose múltipla em artistas.

Bom, para começo de conversa, apesar de parecer, nós artistas não somos ETS (me sinto assim muitas vezes e quem não?) e estamos propensos, como todo ser humano, a termos todas essas doenças degenerativas e tantas outras como a esquizofrenia, bipolaridade, depressão…

Quando qualquer uma delas aparece em um cérebro criativo, tudo fica muito pior!

Autorretrato de Van Gogh – Foto: Reprodução da internet

O lobo direito rege todo o lado esquerdo do corpo e é responsável por toda parte sensorial e criativa…

O  cérebro do criativo FUNCIONA COMPLETAMENTE DIFERENTE de quem usa o lado esquerdo, que é o lado mais “matemático” por assim dizer!

Processo de criação pode ser pesado

Quando artistas têm vidas MUITO disfuncionais, quando não tem “raízes” ou usam drogas e outros “que tais”, geralmente não aguentam todo o processo de criação…. E se, além disso, ainda desenvolvemos algumas dessas doenças, fica complicadíssimo o tratamento .

Muitos artistas já foram dados como esquizofrênicos e não eram… E outros, como Bispo Do Rosário, eram! E ele nunca parou de produzir! Já Van Gogh, acredita-se que ou ele tinha depressão, bipolaridade ou envenenamento por tintas (pode causar até alucinações). Nas fases que ele “adoecia”, não conseguia pintar.

Camille Claudel foi internada num manicônio onde morreu – Foto: Reprodução da internet

Em muitas épocas, que às vezes até sem serem artistas, as mulheres eram confinadas em conventos ou manicômios. Imaginem quando ERAM ARTISTAS! As famílias poderosas metiam essas mulheres nas instituições (antes de Freud, Jung), tomando remédios que faziam babar ou eletrochoques! Essas mulheres eram tratadas de forma a apagá-las da historia.

Dicas! Leia “Mentes Criativas”, da psicóloga Ana Beatriz Barbosa e ainda outros que falam da inteligência emocional. Nesse, ela fala muito bem sobre os problemas psiquiátricos e como eles funcionam nas mentes criativas ou como são confundidos com o processo de criação.

Cito também logo mais a expo do “COLETIVO COTIDIANAS”, aonde vamos tratar também dessa questão do “apagar a existência ” das mulheres (temas que Elis, Edra e Dani já estão em pleno vapor de pesquisas e obras!)

Mensagem para o mundo hoje: MULHERES, NÓS EXISTIMOS E O MUNDO PRECISA DESSE FEMININO (procure não criar meninas para serem princesas, mas para sentirem autoestima e orgulho pela fortaleza de serem mulheres).

Ainda vou colocar muitos questionamentos por aqui, sobre isso! PENSE!! 

Boa semana pra todas, todes e todos!

Ângela Diana

Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos. Instagram angela_dianarte

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

Foto principal: Arthur Bispo do Rosário/Museu Bispo do Rosário

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