Por Ângela Diana
Quem segue a coluna, sabe que eu sou uma pessoa absolutamente INDIGNADA (as razões estão no podcast O LONDRINENSE POD , as razões), mas hoje quero mostrar – até de uma forma mais íntima, como é o processo de uma expo!
As fotos abaixo são do nosso segundo encontro do Coletivo Cotiadianas (eu acabei dando o apelido de “Coletivas”, porque o projeto inicial da Dani é Coletivo)!
Você que acha que reuniões de trabalho são chatas e monótonas, está totalmente enganado e deveria mudar a mentalidade!



Nossas reuniões são muito sérias e tratamos de assuntos profundos, pois uma exposição deve ser forte o suficiente para passar adequadamente para o público a ideia central. Claro! O resto, e mais importantante, é a visão que cada um vai ter, as sensações com as obras e as emoções….
E isso já sai do nosso controle! Desde que a obra está na “parede” já não nos “pertence” mais! Pertence ao olhar de quem vê!
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O processo de uma exposição
Fazemos pautas, conversas sobre conceitos, o que queremos mostrar, como será a programação da expô, desde como trabalhar com as mídias sociais para divulgar até convites, aberturas…
Conhecer o espaço, fazer uma planta baixa e, no caso, como são quatro artistas, cada uma escolherá a forma e o espaço que vai precisar!
Numa coletiva, por incrivel que pareça, mesmo com obras tão diferentes, quando o objetivo é o mesmo, uma obra “conversa” com a outra, criando um espaço físico, mental e até, porque não dizer, “espiritual, energético, para envolver o público!
Nesse encontro, faltou fisicamente a Edra Moraes! Mas, mentalmente, ela sempre está e logo nos encontraremos pessoalmente! Pois a Edra mora em Curitiba.
O lado divertido são as comidinhas bárbaras, conhecer o ateliê de cada uma, as obras, o café e um chá de laranja que eu nunca tinha provado e amei (valeu tudo, Elis!)
Reunião com musica de fundo e muitas, muitas ideias, todas escritas na PAUTA!
E o melhor, transformar tudo isso não só em exposição, mas num movimento!

Está mais do que na hora das artistas mulheres “EXISTIREM” (como a Dani muito bem colocou)
Durante séculos, tentaram nos apagar da história, de todas as formas! Agora CHEGA!
Viemos para jogar muitas sementes e eu acredito que todas virarão arvores centenárias, daquelas sagradas!
E que serão tantas! Que se cortarem uma, crescerão mais tres!
I believe!
Você acompanhará todo o processo de como se faz uma exposição, por dentro, por assim dizer!
É necessario saber que artistas não nascem prontos, que temos que estudar, trabalhar, sobreviver e que nada é fácil e de mão beijada!
Mas, sim, a arte salva e a vida e o processo são muito importantes, mas não solenes! Eles podem vir regados com café quentinho, música de fundo, risadas, conversas profundas para que o cérebro faça conexões novas e muita amizade!
A arte salva!
Expô das “Coletivas”, logo logo saindo do papel para o espaço maravilhoso do Sesc Cadeião!
Pax vobiscum a todos, todes e todas!
Ângela Diana

Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos. Instagram angela_dianarte
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Fotos: Acervo pessoal