Ismos e escolas de arte

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Escolas de arte são aonde se aprende arte, parece óbvio, mas algumas dessas escolas criaram um simbolismo e revoluções tão importantes que consideramos as “escolas” como verdadeiros movimentos artísticos. Os “ismos” são o que vieram dessas escolas, como o romantismo, simbolismo, neo plasticismos, surrealismos, cubismo e etc.

Ao invés de considerarmos um mundo “para poucos” , o universo da arte é uma escada em espiral que podemos ir à frente ou voltar para o passado, parar no presente e continuar subindo. Acho que é a melhor forma de falar de arte, pois muitos artistas da idade média como Bosch , por exemplo, já antevia o movimento surrealista que aconteceria mais de 500 anos à frente do seu tempo.

Considero – e isso é muito pessoal e importante para mim – que todos os artistas que passaram antes de mim ou são meus contemporâneos fazem parte da mesma “tribo, clã ou família”. As experiências pessoais de cada um  contribuem para um todo, um macrocosmo, uma “fonte” que serve à todos nós, para que a obra parta de microcosmo e atinja todos.

No misticismo, a arte é considerada um dos sete raios da sabedoria. “Raios” por ser luz, e a luz ilumina a todos que se permitam deixar essa luz entrar. Considero isso poético e bem ilustrativo.

Alguns “ismos” surgiram da necessidade de alguns artistas que percebiam que, apesar de inclusive alguns morarem em outros países, estavam fazendo e falando da mesma coisa. Um exemplo muito bom foi o que aconteceu no início do século 20, com a chegada da guerra. Muitos artistas sentiam o clima, e começaram a explorar o tema, antes da guerra explodir, o que é mais extraordinário!

E não por coincidência nascia o movimento expressionista na Alemanha, aonde formas humanas eram dilaceradas e cores obscuras e fortes eram usadas, muito populares também se tornaram as xilogravuras (as placas de gravação são feitas em madeira), nessa técnica o claro – escuro é muito contrastante, criando uma atmosfera “pesada”, angustiante…

Se olharmos para todos os “ismos” em sequência podemos perceber toda a história da humanidade contada por imagens, diferentes cabeças e corações “falando” do seu tempo e descrevendo o ambiente e todas as lendas, crenças, histórias, fantasias, de cada época.

Hoje, indico um “manual” de imagens, o livro faz parte de uma série tipo “mil lugares para se conhecer antes de morrer”, é o guia “501 Grandes Artistas”, da Editora Sextante. Vale à pena é um super manual para conhecer os artistas mais expressivos até hoje!

Gente, boa semana para todos e um ótimo feriado!

Foto: Reprodução da obra “The Kiss (Le baiser) Mas Notre-Dame-de-Vie, Mougins,”  de Pablo Picasso

Angela Diana

Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos.

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