Pesquisando para a coluna de hoje, me vi entre dois temas: as esculturas gregas e o impressionismo. Com uma distancia de décadas entre eles, ainda assim eles abordam a mesma questão: Mostrar, através da arte, a “verdade”, a “realidade”, a real imagem do ser humano e da natureza…

Praxíteles, um dos maiores artistas entre tantos (lá por 340 AC), já estudava e fazia esculturas de corpos humanos, absolutamente realistas! Alguns podem pensar que por serem feitas, a grande maioria em mármore, seriam “frias”, distantes….
Ou, muitos pensam que, como um Photoshop, os artistas eliminavam as imperfeições para que elas parecessem “perfeitas”, na simetria e nas proporções.

Existem controvérsias, mas acredita-se que se assim fosse, elas perderiam a força expressiva e o vigor. Então, é possível imaginar que muitas delas eram pessoas comuns, algumas vezes transformadas em deuses ou deusas pelas mãos de artistas.
Os gregos buscavam o equilíbrio e a “perfeição” e eram peritos em observar a natureza.
Indo de AC para DC, temos no século 19 o advento da fotografia, e essa foi uma libertação…Claro que, no começo, para alguns artistas, ela seria uma forma de tirar seu ganha pão, já que a arte era utilitária (sem a fotografia, restava aos artistas retratarem pessoas, lugares e coisas). Mas, alguns logo entenderam que a fotografia os deixaria livres para retratar o que “viam” e não o que era idealizado!
E mesmo que fugissem a todas as regras, assim como os gregos , eles também queriam retratar o mundo da forma que o “viam”.

Mais ou menos assim: os impressionistas demonstraram que cor era luz e essa mudava, e quando mudava todos os “aspectos da realidade”, mudavam.

Se vocês pegarem um livro da história da arte, desde as cavernas (primeiras manifestações artísticas do ser humano) ate hoje, vão perceber que é como subir uma escada em espiral…A arte não evolui e nem involui, ela existe!
Vocês podem tanto descer até os gregos, que seria o passado, e subir até os dias de hoje. Em todos os degraus, veriam seres humanos tentando retratar o mundo ao redor, através das cores, formas, luz e sombra, perspectivas diferentes e que a arte produz, através do tempo, inúmeros estilos e linguagens que descrevem como somos.
Egípcios, mesopotâmicos, gregos….Depois a Europa com os italianos, franceses, ingleses, a chegada da arte japonesa no século 19 na Europa, entre tantos outros povos que inspiraram gerações, como os chineses, africanos…
Claro! Tudo se deve às grandes navegações e também ao comércio. E, é claro, a troca cultural de cada povo! Entenderam como jamais fomos separados uns dos outros?
Digamos que a arte é um grande canal de troca de informações e de costumes e que acompanha cada mudança de comportamento da humanidade.
E vocês? Tem alguma época da arte que mais chama sua atenção? Dá uma dica aqui!
Boa semana para todos nós!
Angela Diana

Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos.
Foto: Escultura grega – reprodução da internet
Uma resposta
Teve uma época que eu pirei no surrealismo, principalmente Miró e também no futurismo. Não trabalho ou estudo arte, apenas aprecio.