Para quem gosta de arte e quer realmente ter um acervo consistente, vou deixar algumas dicas que espero serem bem úteis! Qualquer dúvida é só me perguntar nos comentários.
Museus e galerias têm curadores e técnicos especializados para escolher seus acervos. Os grandes colecionadores também contam com mão de obra especializada de galeristas, críticos e historiadores para formarem seus acervos.Mas, e quando somos pessoas que querem investir sem todo esse aparato, o que fazer?
A primeira coisa é estudar. Existem ótimos livros sobre história da arte e movimentos, é importante ter alguma noção.
Em todas as cidades temos artistas ótimos que têm seus estúdios e ateliês. A maioria abre seus ateliês com hora marcada, para mostrar suas séries. Nada como ir na fonte, não é?!
Geralmente, as cidades também têm Secretarias de Cultura ou Departamentos de Cultura. Muitas delas possuem catálogos sobre os artistas da cidade, com seus respectivos endereços.
Exposições de arte ou mostras servem também para que o público tenha um contato maior com o artista e suas obras. É necessário ler sobre o profissional, ver quantos anos de trabalho, lembrando sempre que quanto mais anos o artista tem de labuta, mais a obra valoriza!
É muito fácil acompanhar a história dos artistas, todos nós temos registrados em reportagens escritas, na tv, ou na internet todas as exposições. Além de catálogos e entrevistas, recorrer ao Google ou as TVs virtuais é de grande ajuda, já que poderemos ver os artistas de nossa cidade ou de fora!
Em Londrina, não possuímos muitos profissionais que possam informar sobre os artistas, mas temos muitos artistas e aqui é muito mais fácil falar in loco com o profissional e conhecer todo seu trabalho…
Nem sempre uma obra cara é a melhor, tenha isso em mente. E cada artista precifica como ele acha certo, então não compre uma obra só porque aquele artista está na onda da moda ou aparece em colunas sociais. Isso não faz dele o melhor, apenas o que tem melhores contatos na mídia…
Escolha a obra que mais lhe agradar, mas tenha em mente também que uma gravura vale menos porque é feita em série, que todo artista tem um acervo particular, aqueles quadros que ele não vende; que obras premiadas valem mais, que nenhum artista gosta de ficar “falando “ sobre “o que ele estava pensando quando pintou “ e nem vá em busca da obra para combinar com o sofá. Afinal, você quer uma obra para combinar com a sua vida e para valorizar e não para ser jogadas fora quando a capa do sofá for trocada , não é?
Outra dica! Algumas obras não precisam de molduras e nem de passe-partout. Muitas vezes os moldureiros colocam para ganhar mais dinheiro. Melhor perguntar ao autor da obra o que fazer para valoriza-la ainda mais no espaço que vocês irão definir para elas.
Nem sempre o seu acervo deve estar o tempo todo exposto. O legal é guardar alguns trabalhos e, de tempos em tempos, trocar as obras de lugar. Isso garante que vocês poderão apreciar com calma cada peça do acervo.
O melhor é começar com peças ou obras pequenas e ir, pouco à pouco, adicionando outras obras maiores, lembrando também que determinadas esculturas são excelentes para espaços abertos, que algumas obras tridimensionais podem ser colocadas na parede, que luz de foco são melhores para esse tipo de trabalho e que desenhos, gravuras e pinturas ficam melhores com uma iluminação de luz branca e sem foco.
Espero que que as dicas de hoje ajudem e incentivem a quem gosta de arte começar um acervo!
Uma ótima semana quase natalina para todos!
Foto maior: Obra de José Maria Frutoso – acervo pessoal de Angela Diana Rigoni
Angela Diana
Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos.Compartilhar: