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Balanço do final de semana: Feira Okupa e Etnias

Por Ângela Diana

Esse final de semana participei, com a marca “Do imaginário”, da feira Okupa (@feira.okupa), no Sesc Cadeião Cultural!

A feira foi uma parceria com o Sesc para acontecer junto com o Festival das Etnias.

Por que escrever sobre um evento que já aconteceu?

Porque é necessário algumas observações!

No mesmo sábado, foi a ocasião da Rua Sergipe ser “fechada”, uma promoção que é feita uma vez por ano na cidade… Até aí, bacana, mas… Muita gente na Sergipe e a cultura “niente”!

O festival foi incrível! Grupos étnicos de outras cidades, que guardam e espalham a cultura da Espanha, Grécia, Itália, indígenas, afro, árabes….

Roupas maravilhosas, músicas que fazem o pé bater involuntáriamente… E os tambores? Aquele que o coração bate junto.

A chuva, tão esperada, veio bem nos dois dias da feira… Foi bom e foi bom…

No sábado, o auge foi a tradição da quebra de pratos da Grécia! Vou até arrumar uns aqui e colocar a música de “Zorba, O grego” e isso vai se transformar em tradição final do ano aqui em casa! É sério!

Feira Okupa, sempre uma delícia

A Feira Okupa, encabeçada pela Fábia – que é uma pessoa ótima, pra frente e que adora arte-, é sempre uma delícia… mas, infelizmente, sofreu as consequências da Sergipe e do tempo.

O que muita gente pensa é que “feira” é para vender o maldito “baratinho”…

A Feira Okupa e o Festival de Etnias, realizados no Sesc Cadeião foram maravilhosos. Mas, como sempre, o público preferiu ir pra shoppings

Feiras são tão antigas quanto as pirâmides de Gize…(Até já escrevi sobre isso, alguns anos atras.)

Mas…(outro “massss”), as pessoas têm dificuldade para quebrar crenças!

Todas as feiras, que acontecem a cidade, Okupa, Humaitá, feirão do MARL, Criô, Bazar da Madre (um formato diferente), a feira do “Cincão” (que é organizada pelas irmãs Lu) trazem o artesanal, o criativo, os pequenos produtores, comidas boas, típicas ou não! Gente que batalha para manter suas famílias, seu trabalho…

Sejam bonecas, livros, cartões, camisetas, comidas, bebidas, geleias e doces, perfumes, roupas, Bijoux ou serviços como cabeleireiras, barbeiros, massagistas, leituras de Tarô… Tudo isso e muito mais vem não só como um produto qualquer, mas com uma vibração e energia, diferente daquela que é feita em série por máquinas!

Será que não está na hora de dar mais uma forcinha para os produtores?

Você quer dar um presente? Comece a dar uma volta em uma dessas feiras e bazar!

E, sim! Eu também vendo nas feiras de vez em quando!

A Feira Okupa e o Festival de Etnias, realizados no Sesc Cadeião foram maravilhosos. Mas, como sempre, o público preferiu ir pra shoppings

Isso me ajuda a conhecer pessoas, a entender a produção artesanal da cidade, faço contatos…

Outra coisa! Será que não está na hora de aproveitarmos mais o que o SESC CADEIÃO proporciona?

A organização estava primorosa, todos batalhando para cultura… E o povo para prestigiar?

Aposto que lotando os shoppings, né?

É bom ir comprar em shoppings, tudo bem… Mas você já sentiu o choque de ouvir uma música ancestral? Daquelas que você sente a energia da vida voltar para o seu corpo?

Custa alguma coisa? 

Nada! Nem entrada estava sendo cobrada!

É… você perdeu!

Uma ideia, que não é minha não, tá? Uma amiga me passou isso ontem! Ideia para os organizadores das feiras! Que tal juntar TODAS uma vez por ano, fechar uma rua do centro e oferecer o máximo de tudo de bom para as pessoas?

Como a Feira Osório que acontece em Curitiba? A feira lá é GIGANTESCA!

Fica aqui a ideia! 

E um pouco de tristeza… por ver um trabalho tão bonito do Sesc, com a colaboração dos maravilhosos grupos, que guardam e disseminam a cultura, a Feira Okupa, com tanta gente bacana expondo produtos de qualidade e o VAZIO da falta de pessoas para aproveitarem tudo isso e, de quebra, contribuir com os pequenos produtores…

Pois é….

Dia 6 de outubro, teremos o Bazar da Madre e todo sábado temos a Feira da Humaitá!

Que tal dar uma chegadinha e comprovar tudo isso que estou escrevendo aqui?

Pax vobiscum!

Fotos: Acervo pessoal

Ângela Diana

Com certo atraso - mas com uma boa justificativa - eu comento sobre as lindas cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas de Paris, onde a arte esteve presente em todos os momentos

Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos. Instagram angela_dianarte

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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