Por Ângela Diana
Faz tempo que quero apresentar, para quem não conhece, o trabalho da Cláudia Rezende.
Estudamos juntas no atelier de Letícia Márquez e, já na época, ela era uma das mais novas e talentosas artistas da cidade.
Cláudia nasceu em Uberaba e veio para Londrina, com seus pais, em 1972.
Agora, com 55 anos e uma vida trabalhando com a arte, ela continua aqui, como uma “pé vermelho” autêntica.
Cláudia foi escolhida pela Grã-Bretanha para uma bolsa em Londres. uma das grandes “mecas” das artes do mundo!
Vivendo como estudante, mas com todo conforto e tutoria, Cláudia optou pela especialização na pintura! Sua tutora, Paula Rego, a incentivou a aceitar suas raízes e todo seu imagético que veio da infância, fortalecendo seu estilo próprio.
Cláudia já estava acostumada com essa busca, pois a Letícia também sempre a incentivou… Paula Rego, uma das estrelas da School of Fine Arts (uma das universidades mais importantes da Inglaterra), fortaleceu a busca por esse microcosmo!
Quanta diferença, a Universidade de lá! A mentalidade é ter profissionais que eles sabem que vão ser importantíssimos para o mundo e que vão levar o nome da Universidade para todos os lugares!
Mas “Cláudia não fala só de Cláudia”!
Cada artista, com suas histórias e com seu mundo, conecta-se com um macrocosmo, com pessoas que também entendem, mesmo não sendo artistas, esses vários mundos imagéticos! (Ou, através das imagens!)
Já, na época do mestrado, Cláudia Rezende conseguiu outra bolsa importante, mas agora em Birmingham, uma das mais agitadas cidades industriais da Inglaterra.
Nesses dois momentos da sua vida, fora do Brasil, ela pode aproveitar tudo o que foi possível na época , na área cultural: Ópera, museus, exposições… Gratuitas!
É! um mundo que ninguém imagina aqui! E que muita gente quer que aconteça!
Aqui, a Cláudia deu aulas em faculdades, criou o grupo do seu atelier, escreveu e fez gravuras em livros, abriu uma loja, super bacana, participou de várias expôs e continua…
Aqui tem apenas 1% do que ela faz! Vale a pena conhecê-la, e ver sua obra. Visite seu site e siga suas redes sociais!
Ah! A Cláudia “fala” muito nas suas obras, sobre temas como feminismo, relacionamentos humanos, inclusive sua pintura é figurativa!
Já vi várias obras dela e uma das que mais gosto pessoalmente é a pintura “Daniel na cova dos leões”! E das suas caixas! Ficou curioso(a)?
Siga a artista!
Fico devendo a segunda e última parte do nosso querido artista Ricardo Laranjo Quadros!
Por força maior, ficou pra semana que vem, as fotos da expo. Que, aliás, ainda dá tempo de ser visitada pessoalmente na Biblioteca Pública. Fica até 29 de fevereiro.
E vou trazer um pouco do relato do próprio Ricardo (assim como fiz com a Cláudia ), sobre sua obra e como ela se encaixa na sua outra profissão de perito da Polícia Técnica!
Gente! ARTE para ninguém ficar entediado! Duas grandes dicas: conhecer mais o trabalho desses dois grandes artistas!
E nas nas palavras da Cláudia (que concordo plenamente!): “Não somos nós que escolhemos a arte, é a arte que nos escolhe, ela é o nosso ar”!
Será que não vale a pena, para quem acha que arte não é importante, saber o porquê ela nos SALVA?
PAX VOBISCUM!
Ângela Diana
Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos. Instagram angela_dianarte
Foto principal: Escultura de Cláudia Rezende Barbeiro
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