Vocês já viram aqueles concursos de escultura de areia na praia? Esse é um dos melhores exemplos de arte efêmera, as obras não são feitas para durar. O nome vem do grego e significa: o que não dura mais de um dia!

Outro exemplo são aqueles tapetes de flores feitos na rua, em datas religiosas, lindo de se ver e extremamente frágil! Podemos colocar também os happenings, instalações e performances nesse estilo e algumas instalações desmontáveis…
Um dos artistas mais famosos nesse gênero é o Vik Muniz. Aliás vale a pena ver o projeto que ele fez com catadores de lixo, um trabalho incrível! Fizeram um documentário e para quem quiser ver o projeto, ele se chama “Lixo Extraordinário”!

Vik Muniz também tem projetos para ajudar adolescentes e crianças. Ah! E ele é brasileiro! Com obras em grandes museus nos EUA e ao redor do mundo, vale a pena conhecer mais a fundo seu trabalho! E é claro que vai ter uma coluna só sobre suas obras!

Temos também as esculturas no gelo, inclusive todo ano na Suécia eles constroem um hotel de gelo, feito de blocos ou neve compactada, prontinho para receber turistas que amam o frio!
Um outro exemplo fantástico é uma tribo na África, que vive perto do rio Omo e infelizmente sua cultura está a beira da extinção por conta da construção de hidrelétricas (como sempre, aliás!).

Os habitantes dessa tribo são verdadeiras obras de arte ambulantes! Fazem pinturas em seus corpos e utilizam flores, galhos, para criarem seus enfeites… Desde a primeira vez que conheci a história e a cultura deles nunca mais esqueci! São verdadeiras pinturas “vivas”! Gostaria imensamente que respeitassem essa cultura e que as autoridades competentes cuidassem melhor desse povo, uma pena deixar morrer esse legado…

O melhor de certos tipos de artes efêmeras é que elas não se restringem ao mundo das artes , mas extrapolam para a culinária, vide certos chefs que fazem verdadeiras esculturas com frutas e legumes ou belíssimos arranjos de mesa, como aqueles que usam esculturas de gelo para enfeites de festas!
Creio que a mensagem de todas essas obras são a mesma: “aproveitem a beleza e o momento, pois tudo passa, e passa rápido! E como diz no livro “O Perfume de Gitterbug”, do Tom Robbins: “Indo, Indo e Já Se Foi”.
Carpe diem! Boa semana!
Angela Diana

Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos.
Foto: Obra de Vik Muniz/Reprodução da Internet